Mecanoterapia: tudo que você precisa saber sobre o assunto

Aumentar a força e a resistência muscular localizada — esses são basicamente os dois objetivos primordiais da mecanoterapia, uma técnica que começou a ser usada na recuperação de pacientes a partir do século XIX e que, claro, de lá para cá já sofreu mudanças importantes.

Hoje esse tipo de tratamento tem uma ampla variedade de indicações, como para pacientes que sofreram lesões neuro-músculo-esqueléticas, que sofrem com alterações da postura e do equilíbrio, que precisam fazer uma reeducação da marcha e assim por diante.

Justamente por ser uma área tão fundamental da fisioterapia, é que montamos este conteúdo extremamente completo com tudo o que você precisa saber sobre a mecanoterapia. Confira!

Mas, afinal, o que é mecanoterapia?

A mecanoterapia pode ser definida como todo processo terapêutico no qual os exercícios são realizados de maneira ativo-resistida, com o uso de forças externas mecânicas, como halteres, polias, elásticos, molas e outros.

Esses exercícios buscam restaurar, promover ou desenvolver a manutenção da força muscular, a flexibilidade, a coordenação e a mobilidade dos pacientes. Também pode ser usada como técnica para promover um maior ganho de massa e de potência muscular, quando essas estão diminuídas devido a lesões.

No que se refere à força, a mecanoterapia pode melhorar:

  • a força explosiva: usada para a realização dos movimentos rápidos e que utilizam predominantemente as fibras de contração rápida. São movimentos que têm necessidade de uma grande explosão muscular;
  • a força estática: usada para manter determinada postura;
  • a força dinâmica: usada durante determinado movimento, quando são recrutadas tanto as fibras de contração rápida quanto as lentas ou aeróbias. Um exemplo é quando pegamos algo do chão e levantamos esse objeto.

Já no trabalho de resistência muscular localizada, um grupo muscular é trabalhado durante um grande período de tempo. Isso é algo que fazemos naturalmente quando, por exemplo, nossos músculos são obrigados a ficarem contraídos por um período de tempo maior, recrutando para essa ação as fibras de contração lentas ou aeróbias.

Assim, podemos entender que o objetivo de qualquer trabalho de mecanoterapia é sempre reabilitar o paciente para realizar os movimentos naturais do dia a dia, sem que apresente sintomas como dor ou dificuldades.

Quando a mecanoterapia é indicada e contraindicada?

Antes de se decidir por determinado tipo de tratamento e abordagem, o fisioterapeuta sempre deverá fazer uma análise completa, avaliando o tipo e o grau de comprometimento, as limitações funcionais e incapacidades ou ainda as deficiências resultantes nesses casos.

Essa análise também é importante para conseguir medir o avanço e o progresso do paciente com o tratamento, bem como as indicações de exercícios e os aparelhos que devem ser usados.

A mecanoterapia é indicada para pacientes de todas as idades, sejam eles sedentários, atletas, esportistas ou ainda em período pré e pós-operatório e que precisam aumentar:

  • a resistência muscular à fadiga;
  • a força;
  • a potência muscular.

Porém, como em todos os tratamentos, a mecanoterapia também tem algumas contraindicações, como:

  • pacientes com processos inflamatórios, seja na musculatura ou na articulação, ou com áreas edemaciadas (já que os exercícios provocarão aumento desse edema, do calor e, claro, uma piora da lesão);
  • pacientes com dor durante ou após 24 horas das atividades (nesses casos, a mecanoterapia deverá ser reavaliada, porque a dor é um indicativo negativo para a realização do processo terapêutico);
  • pacientes bastante debilitados ou que apresentem algum tipo de intolerância à carga ou à atividade física ativa, como nos casos de doenças cardiopulmonares graves;
  • em patologias que podem ter o efeito contrário ao solicitado, como imediatamente após uma cirurgia.

Cinesioterapia e mecanoterapia: quais são as diferenças?

Pode ser que, em alguns pacientes, o fisioterapeuta utilize uma abordagem com o uso de outras técnicas conjuntas, visando uma recuperação mais completa. Uma dessas possibilidades é o uso da cinesioterapia, que é definida como a terapia do movimento.

Como às vezes essas duas técnicas fisioterápicas podem se aproximar, é muito importante entender cada uma delas, bem como suas diferenças e indicações.

A cinesioterapia também visa a recuperação funcional do paciente, usando, para isso, a realização de movimentos ativos e passivos, sendo que os passivos se dividem em assistidos e não assistidos. A intenção dessa técnica é aliviar a dor e promover o reequilíbrio muscular, além de gerar uma melhora na amplitude, na postura e no movimento articular.

No caso da cinesioterapia passiva, o fisioterapeuta aplicará os movimentos sem que o paciente ajude, já na ativa o processo é contrário. Assim como na mecanoterapia, a cinesioterapia também utiliza materiais acessórios, como faixas elásticas, halteres, tornozeleiras, bastão e bolas.

Também é possível que o fisioterapeuta busque reproduzir movimentos da vida cotidiana do paciente ou ainda melhorar a sua condição física geral, usando para isso outros equipamentos, como a bicicleta ergométrica, o espaldar, a cama elástica, a prancha de propriocepção, entre outros.

Pode ser ainda necessário aparelhos adicionais, como o ultrassom, o TENS, o laser, o ondas curtas, entre outros, visando melhorar a analgesia e tornar o paciente apto para a realização dos movimentos.

Já a mecanoterapia faz o trabalho de recuperação usando cargas e aparelhos mecânicos, que podem variar dependendo da patologia apresentada pelo paciente. Assim, ao contrário da cinesioterapia, na mecanoterapia todos os exercícios realizados são feitos de forma ativo-resistida, sempre com o uso de forças externas mecânicas.

Justamente por isso a sua indicação é para aqueles pacientes que precisam ganhar força e massa muscular. Já que, esse último, apenas acontece quando se sobrecarrega a musculatura a um nível superior ao que ele está acostumado.

Apesar das diferenças básicas, ambas as técnicas estão intimamente ligadas, pois ajudam a restabelecer o paciente de forma total, fazendo com que ele consiga ter mais força, resistência muscular e desenvoltura para retornar às suas atividades funcionais e cotidianas.

Assim, na maioria das vezes, um bom programa de mecanoterapia também contará com atividades relacionadas à cinesioterapia, sendo difícil, às vezes, diferenciar uma técnica da outra.

Quais são os principais trabalhos realizados na mecanoterapia?

A princípio é importante compreender que os trabalhos em mecanoterapia são identificados, prioritariamente, pelas características do tipo de contração muscular. Assim, eles podem ser divididos em:

  • isométrico: muito usado para promover um aumento da massa muscular, sendo que o número de repetição dos exercícios deverá se adaptar ao tempo de contração isométrica;
  • isotônico: a ideia é fazer um trabalho com a finalidade de vencer uma determinada resistência, e para isso são usados materiais adicionais, como sacos de areia, pesos, bolas específicas, entre outros. Esse tipo de exercício é importante quando é preciso melhorar a resistência muscular localizada. Dessa forma, o princípio da sobrecarga deverá ser expresso pelo aumento do número de repetições;
  • isocinético: melhor maneira de desenvolvimento da força explosiva, permitindo tanto um aumento da massa quanto da força muscular;
  • uso de máquinas especiais: permitindo que o fisioterapeuta consiga regular a carga e a amplitude do movimento de determinada articulação ou de um determinado grupo muscular.

Na hora de definir o tipo e a forma dos exercícios, o fisioterapeuta deverá considerar muitos pontos, como a carga dos equipamentos e a quantidade de repetições, o nível de condicionamento do paciente, a presença ou não de dor e também o que se deseja alcançar com o tratamento. Assim:

  • para melhorar a resistência muscular localizada: são indicados maior número de séries, maior número de repetições, menor pausa entre os exercícios e menor pausa entre as séries;
  • para a força dinâmica: são indicadas menores cargas nos exercícios;
  • para a força estática: maior número de exercícios e maiores cargas;
  • para a força explosiva: maior velocidade na execução dos exercícios e maiores cargas.

Lembrando que um bom programa de fortalecimento muscular deve iniciar com uma sequência de resistência e só depois partir para os trabalhos de aumento de força.

Como montar uma série de trabalho?

Antes de iniciar a montagem de qualquer sequência de mecanoterapia, o fisioterapeuta deverá:

  1. escolher o grupo muscular a ser trabalhado;
  2. selecionar os exercícios mais indicados;
  3. especificar as cargas a serem usadas;
  4. programar o número de repetições de acordo com o objetivo esperado;
  5. estabelecer o número de séries;
  6. determinar a quantidade e o tempo de pausa durante as séries;
  7. indicar o ritmo médio dos exercícios.

Quais são os aparelhos mais usados na mecanoterapia e suas indicações?

Os aparelhos na mecanoterapia podem ser classificados de acordo com a sua função e o grau de patologia apresentado pelo paciente em seu estado natural, como:

  • treinos de marcha: barras paralelas, escada de canto, treino móvel com cinta de sustentação, tábua de inversão-eversão, rampa etc.;
  • aparelhos que não promovem resistência e são considerados facilitadores: barra de ling, prancha ortostática, tábua de quadríceps, exercitador de ombro etc.;
  • aparelhos que oferecem resistência aos membros inferiores ou superiores, ou seja, são aqueles que, ao mesmo tempo, auxiliam o movimento e proporcionam resistência ao longo da sua execução: flexor de dedos, rolo de punho, mesa de Kanavel, halteres, Mesa de Bonet, cama elástica etc.;
  • aparelhos que promovem trações, sendo que essas podem acontecer por meio de vários princípios, como pneumático, mecânico, manual ou elétrico;
  • acessórios.

Os programas de exercício resistidos mecânicos consistem em um circuito de pesos, proporcionando condicionamento mais generalizado aos pacientes, aprimorando a resistência muscular, a força e a aptidão cardiovascular.

Já os programas que fazem uso dos pesos livres e das máquinas oferecem maior especificidade no treinamento e força, permitindo ao paciente controlar o equilíbrio e os fatores de estabilização. Contudo, esse tipo de tratamento também apresenta algumas desvantagens como: maior risco de lesão, aumento no tempo de atividade e até estabilização externa nas fases mais iniciais do tratamento.

Já o uso das máquinas com pesos são um pouco mais seguras e estáveis, além de facilitarem a monitoração do progresso do paciente e da necessidade de troca do peso em determinado período de tempo, porém, podem apresentar um custo mais elevado na hora da montagem do espaço no consultório do fisioterapeuta.

Veja alguns dos equipamentos mais usados e as suas indicações.

Aparelhos para membros inferiores

Bicicleta ergométrica

É indicada para:

  • tonificação dos músculos de MMII;
  • condicionamento físico e cardiovascular;
  • exercício aeróbico de baixo impacto.

Seu uso pode ser recomendado para o início de programas de exercícios ou para pacientes sedentários, gestantes, obesos ou com problemas nas articulações. É importante que o selim não esteja muito alto, evitando forçar demais os quadris. Se estiver baixo demais, pode lesionar os joelhos.

Na hora de calcular a altura certa, peça ao paciente para se sentar na bicicleta, apoiando o calcanhar no pedal mais baixo. O recomendado é que os joelhos fiquem semiflexionados e o selim não fique muito distante do guidão, para que a pessoa não tenha que dobrar demais o corpo.

Pedalinho para fisioterapia

pedalinho para fisioterapia é um aparelho semelhante a uma bicicleta sem rodinhas, pois sua base é fixada no chão com artefatos emborrachados. Esse acessório deve ser construído de aço e propiciar movimentos em ambas as direções.

Esse equipamento é uma ótima opção para exercitar membros inferiores e superiores em movimentos ritmados e com duração preconizada pelo fisioterapeuta. Devido às suas dimensões, pode ser utilizado também sobre a mesa.

Esteira

É recomendada para:

  • tonificar os músculos de MMII;
  • condicionamento físico e cardiovascular;
  • exercício aeróbico com bom gasto calórico (mas de alto impacto);
  • melhorar a capacidade cardiorrespiratória;
  • reabilitar e recondicionar o sistema cardiovascular.

Mesa de quadríceps ou de Bonet

É um aparelho capaz de trabalhar tanto os músculos quanto as articulações dos membros inferiores, e pode ser indicado para pacientes que apresentem hipotonia dos músculos do quadríceps, permitindo trabalhar a flexão e a extensão do joelho, tanto com o uso do protocolo de Oxford (carga decrescente) quanto de DeLorm (carga crescente).

A mesa de Bonet é usada, por exemplo, em pessoas que sofreram um rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho, buscando fortalecer a musculatura do quadríceps. Nesses casos, o paciente deverá ficar sentado, com suporte de apoio sobre o tornozelo, e o exercício poderá ser realizado de forma isotônica ou isométrica, desde que mais lento.

Esse aparelho, contudo, não deve ser usado em fases agudas de estados infecciosos, nos derrames intra-articulares, nas crises de dores intensas, nas anquiloses do joelho, entre outros.

Quadro de quadríceps

É usado para garantir mais apoio ao membro inferior durante os exercícios de joelho em decúbito dorsal, sendo bem aproveitado no caso de pacientes hospitalizados. Ele é indicado para pessoas com debilidades dos extensores do joelho.

Exercitador de tornozelo

Atua na mobilidade da articulação talocrural e auxilia na execução dos movimentos de flexão plantar e de dorsiflexão. Pode ser usado na forma simples (em um pé) ou na forma dupla (nos dois pés).

Quando realiza exercícios com esse aparelho, o paciente consegue regular a velocidade de angulação do movimento, usando as resistências elásticas. Também é possível modular a força de contração muscular usando um thera tubbing. A condição do paciente é que indicará a resistência adequada para os exercícios.

Esse aparelho é indicado para o tratamento de fraqueza ou encurtamento dos músculos tibial anterior e do tríceps sural, algo comum em casos de canelite.

Barras paralelas

As barras paralelas são usadas para o treino funcional, buscando melhorar a coordenação, a marcha e o equilíbrio, aumentando a propriocepção e a flexibilidade do paciente. Seu uso está indicado para pessoas com afecções que tragam debilidade muscular, desequilíbrio estático e dinâmico e falta de coordenação motora.

Cama elástica

A cama elástica é um aparelho que toda clínica de fisioterapia deve ter. Ela é indicada para que o paciente execute exercícios visando o fortalecimento dos membros inferiores, além de ajudar no equilíbrio e na reabilitação ortopédica.

Durante a utilização da cama elástica, o paciente exercita os músculos de forma a fazer agachamento e levantamento rapidamente, mantendo a postura ereta e aperfeiçoando o desempenho atlético.

Para a aquisição da cama elástica é fundamental verificar a integridade do material utilizado e a presença de nylon, que reforça as molas para evitar acidentes durante a execução dessa atividade.

Aparelhos para membros superiores

Mesa de Kanavel

É composta por exercitador de dedos, rolo de punho e supinador. Com esse aparelho, é possível trabalhar movimentos de flexo-extensão de dedos e punho, acompanhados de oponência do polegar, adução e abdução.

A mesa de Kanavel é indicada para pacientes que sofreram fraturas dos ossos do carpo e usaram imobilização em extensão. Porém, ela não é recomendada nos casos de pessoas com sequelas graves, como nos casos de anquiloses.

Finger flex

Esse artefato é confeccionado em plástico de alta resistência e tem modelos de resistência progressiva: extraleve, leve, médio, forte e extraforte. O finger flex é indicado para exercícios das mãos e dedos, proporcionando força, flexibilidade e coordenação motora.

Também serve para realinhar o punho e melhorar o condicionamento físico do antebraço. Para tanto, os exercícios devem ser estabelecidos por intensidade, número de repetições e nível de resistência do instrumento.

Escada de ombro

Oferece ao paciente um reforço objetivo e motivação para realizar ADM de ombro, além disso, as marcações na parede ainda ajudam a dar um feedback visual sobre a altura atingida pelo paciente ao “escalar” a parede.

É possível encontrar o aparelho em forma de semicircunferência ou em formato retilíneo. A escada de ombro está indicada para trabalhar a flexão e abdução do ombro, e é contraindicada para casos agudos de bursite, artrite com cisto sinovial, ombro congelado e de rotura parcial da bainha rotadora do ombro.

Polias

São sistemas de polias fixas à parede (que podem usar molas ou pesos) e que oferecem resistência fixa. Os grupos musculares a serem trabalhados dependerá do posicionamento do paciente, mas é importante ressaltar que os movimentos nas polias apenas devem ser feitos após o teste muscular.

As polias também podem ser usadas para os membros inferiores, posicionando, nesses casos, o paciente sentado, fixando o pegador no seu tornozelo e mimetizando os movimentos da mesa de Bonet. No caso dos abdutores e adutores da coxa, a pessoa deverá ficar em posição ortostática lateral.

O aparelho é indicado para lesões do cotovelo, periartrite escápulo-umeral, desvios da coluna, escápulas aladas e correção da postura. Não deve ser usado em fases agudas de sequelas e anquiloses.

Bastão

Os bastões são bem conhecidos tanto pelos fisioterapeutas quanto pelos pacientes, e somente devem ser empregados nos casos em que os pacientes apresentem controle muscular voluntário no membro superior afetado.

O posicionamento do paciente em ortostase, decúbito dorsal ou sedestação deverá ser determinado pelo nível da limitação funcional apresentado. O bastão pode ser usado na mobilização do ombro após cirurgia de carcinoma invasor da mama, para restaurar o movimento de rotação externa e interna do ombro, para ganhar mais amplitude de movimento de flexão e extensão do cotovelo, para aumentar a expansão torácica e aumentar o volume inspiratório, entre outros.

Aparelhos para tronco, cabeça e pescoço

Tração Cervical

É uma técnica empregada para promover maior alongamento dos músculos da coluna cervical, além do aumento dos espaços intervertebrais (que podem estar diminuídos ou tensionados devido aos processos álgicos e compressivos).

A tração pode ser manual ou mecânica, sendo que a primeira permite o posicionamento mais fácil das mãos, o feedback sensorial do toque, a especificidade da técnica e, claro, o conforto do paciente, que se mantém em repouso.

Porém, antes de aplicar essa técnica é importante ter o conhecimento preciso do diagnóstico médico e realizar uma avaliação cinesiológica funcional.

Tração Torácica

É usada com o intuito de promover alongamento dos músculos da coluna torácica, além do aumento dos espaços intervertebrais, que podem estar diminuídos devido a discopatias, escoliose idiopática, entre outros.

Tração Lombar

Usada para promover o alongamento dos músculos da coluna lombar e o aumento dos espaços intervertebrais que podem estar diminuídos devido a lombalgias, lombociatalgias, escoliose lombar, espondiloartroses, espondilolisteses, discopatias, entre outros.

Além desses, existem outros aparelhos que podem ser usados para trabalhar vários segmentos, como:

  • tornozeleiras e a bota de DeLorm, que podem ser usadas por pacientes com lacerações dos isquiotibiais, promovendo um trabalho de fortalecimento da musculatura em cadeia aberta;
  • faixas e tubos elásticos, como thera-band e thera tubbing, que estão disponíveis no mercado em várias graduações e espessuras, sendo que a resistência será maior em faixas mais espessas;
  • digiflex, usados para aumentar gradualmente a resistência, sendo indicados para os músculos flexores e adutores dos dedos e para a promoção ou manutenção das amplitudes das articulações interfalângicas e metacarpofalângicas.

Como você pôde notar, o termo mecanoterapia engloba várias técnicas de tratamento que necessitam do uso de uma aparelhagem específica, buscando reabilitar o paciente para que ele consiga realizar novamente suas atividades funcionais e cotidianas.

Para isso, podem ser recomendados exercícios variados, buscando aumentar a força muscular, a força de explosão e a força cinética, por meio da reeducação dos movimentos, da correção postural, da recuperação de traumas e lesões ou ainda do alívio de dores causadas pela tensão do dia a dia.

Conseguir realizar um bom trabalho de mecanoterapia exige um conhecimento bem amplo do fisioterapeuta sobre fisiologia e biomecânica, além, é claro, dos tipos de aparelhos disponíveis no mercado e as funções de cada um.

Ter uma clínica bem equipada garante que todas as exigências e necessidades dos pacientes serão cumpridas e que o seu tratamento será bem realizado.

Porém, com tantas inovações no setor, nem sempre é fácil definir quais são os equipamentos primordiais. Assim, entender exatamente suas funções, indicações e usos é muito importante, evitando-se gastos adicionais.

O ideal é sempre buscar por aqueles aparelhos mais versáteis, que permitem o trabalho de vários grupos musculares e, claro, que ofereçam medidas qualificáveis de seus parâmetros, ajudando a entender e quantificar a evolução do paciente.

Depois de ler este conteúdo, você já está mais informado sobre a mecanoterapia, certo? Ainda tem dúvidas sobre o assunto ou quer acrescentar alguma coisa? Então, conte para a gente nos comentários!