Como a barra paralela pode ajudar diferentes tipos de lesões?

Fazer com que um indivíduo volte a andar é um dos maiores feitos da fisioterapia. Nesse sentido, a barra paralela tem um papel primordial. Quando utilizado de forma correta, o equipamento ajuda as pessoas a recuperarem o equilíbrio, a força e a amplitude de movimento de forma eficaz — fazendo com que a mobilidade seja resgatada!

E o interessante é que a barra paralela pode ser utilizada no tratamento de diversos tipos de lesões, como você verá neste artigo. Acompanhe o que preparamos!

O que é barra paralela?

A barra paralela é um equipamento de aproximadamente três metros de comprimento. Para auxiliar as pessoas com deficiência motora, ele é composto por uma plataforma revestida com piso antiderrapante, além de corrimões feitos geralmente com aço inox.

Por meio dela, o indivíduo é incentivado a andar — com o auxílio do fisioterapeuta, é claro. Com o tempo, ele recupera não só a mobilidade, como o equilíbrio e a força.

Vale lembrar, ainda, que existem modelos de barras que têm a altura do corrimão ajustável, sendo excelente para profissionais que atendem diversos pacientes.

Em quais tratamentos ela pode ser utilizada?

A barra paralela pode ser utilizada no tratamento de diferentes tipos de lesões. Sendo que, geralmente, ela é útil na recuperação de pacientes que acabaram de fazer uma cirurgia ou que estão enfrentando lesões ocasionadas por complicações, como o AVC.

Resumindo, o equipamento pode ser utilizado por:

  • pessoas que se acidentaram e encontram dificuldades na locomoção;
  • indivíduos que sofreram acidentes vasculares cerebrais ou traumatismos;
  • pacientes que se recuperam de cirurgias, atrofia muscular, doenças relacionadas ao cérebro e outras deficiências e condições.

Como funcionam os tratamentos com as barras paralelas?

Bom, como pudemos ver, a barra paralela é um equipamento extremamente versátil. Ela auxilia o fisioterapeuta a tratar diversos pacientes, melhorando os resultados da terapia.

Mas afinal, como ela ajuda a recuperar a mobilidade das pessoas? Para você entender melhor, separamos as principais terapias em que a barra é essencial. Confira:

Treino de marcha

O treino de marcha é um tratamento que tem como principal objetivo a recuperação da força e do equilíbrio do paciente. Durante a terapia, o indivíduo é incentivado a mover-se — por superfícies planas, instáveis ou escadas — a fim de melhorar o alinhamento corporal, a amplitude do movimento, a capacidade motora, o condicionamento, etc.

Nesse sentido, as barras paralelas têm se mostrado os equipamentos mais eficientes no sucesso do tratamento. No começo, o ideal é que o paciente fique em pé durante um tempo, para estimular a sua descarga de peso. Depois, o fisioterapeuta deve aumentar o grau de dificuldade dos treinos, levando em consideração as limitações da pessoa. Com o passar das sessões, o comum é que o indivíduo evolua para o andador ou a muleta.

Exercícios de coordenação

Além de auxiliar as pessoas que estão reaprendendo a andar, as barras paralelas também são úteis para os indivíduos com problemas de equilíbrio e coordenação — resultantes, geralmente, de acidentes vasculares ou traumatismos cerebrais.

Dessa forma, o equipamento tem um papel primordial para resgatar a autoestima e a confiança do paciente. Com ele, é comum as pessoas se sentirem mais seguras. Por essa razão, o tratamento — que começa com a pessoa caminhando lentamente com a assistência do fisioterapeuta — logo progride para movimentos independentes.

Além de recuperar a coordenação, a barra paralela pode auxiliar o profissional na realização de exercícios que melhorem a amplitude do movimento e recuperem a força.

Exercícios de condicionamento geral

Quem precisa andar de cadeiras de rodas ou ficar em repouso por um longo período, por exemplo, também pode se beneficiar das barras paralelas. Isso porque os indivíduos que ficam imobilizados por muito tempo acabam perdendo a força cardíaca e pulmonar.

Nesse sentido, por meio de exercícios feitos no equipamento, o fisioterapeuta pode ajudar essas pessoas a restaurar o fluxo sanguíneo e a melhorar a função dos órgãos.

Além disso, os indivíduos que precisam de fisioterapia regular — como os que têm artrite, osteoporose, esclerose múltipla etc. — também podem (e devem) utilizar as barras. Com o auxílio do fisioterapeuta, o equipamento melhora diversos problemas, como fraquezas, tonturas, cognição, baixa autoestima e até depressão.

Afinal, para quem tem problemas de locomoção cada passo é uma vitória. O paciente, ao perceber que está alcançando a sua independência aos poucos, tende a tornar-se uma pessoa mais feliz e confiante — melhorando, inclusive, o empenho ao realizar o tratamento.

Como garantir a segurança do paciente?

Para garantir a segurança do paciente durante o tratamento, é primordial que o fisioterapeuta conheça as limitações de cada pessoa. Lembre-se de que, no início, todos os indivíduos devem apoiar as suas duas mãos nos corrimões. Com o tempo, o paciente pode utilizar somente a mão contralateral até que realize os exercícios sem apoio.

Somente quando ele conseguir realizar passos simétricos e seguros dentro das barras que o profissional pode fazê-lo andar fora do equipamento, utilizando andadores, bengalas etc.

Em todo o caso, é muito importante que o paciente sinta-se seguro para realizar os movimentos. De nada adianta forçá-lo. Dessa forma, respeite e compreenda o grau de evolução de cada um — não só a evolução física, como também a mental.

Além disso, ao adquirir o equipamento, é importante prestar atenção em alguns detalhes:

  • dê preferências para barras com corrimão de aço inoxidável;
  • sempre adquira plataformas com pisos antiderrapantes;
  • confira se os pregos estão firmes e se há desníveis na barra;
  • prefira os modelos com regulagem de altura e largura;
  • compre todos os seus equipamentos em lojas com boa reputação no mercado.

Como você pôde ver, as barras paralelas podem ajudar no tratamento de diferentes tipos de lesões. Para que a terapia seja eficaz, contudo, é muito importante que o fisioterapeuta proponha exercícios adequados às limitações de cada paciente.

Além disso, as barras — assim como qualquer outro equipamento — devem apenas ser uma parte do processo. Dessa forma, o profissional da saúde deve intercalar o uso de instrumentos tecnológicos com outras terapias, como as manuais.

Agora que você já sabe utilizar a barra paralela da melhor forma possível, assine a nossa newsletter e receba outras dicas para aprimorar o atendimento no seu consultório!