Um corpo bem equilibrado e livre de lesões é o sonho de vários atletas. Mas nem sempre essa é a realidade. A osteopatia no esporte tem sido usada em muitos países visando prevenir e tratar lesões, dando ao atleta uma qualidade de vida melhor e ajudando-o a ter resultados ainda mais importantes, independentemente da modalidade.
Se você trabalha com fisioterapia na área do esporte, continue lendo este post e saiba por que você deveria começar a investir na osteopatia!
O que é osteopatia?
Criada por Andrew Taylor Still nos Estados Unidos, a osteopatia tem se tornado cada vez mais popular no Brasil. A técnica, que só pode ser aplicada por fisioterapeutas e exige uma longa formação, busca restabelecer o equilíbrio corporal, tratando a causa das lesões e impedindo que esses problemas voltem a ocorrer.
Para conseguir isso, são usadas técnicas manuais que favorecem o processo de cura natural do corpo. Assim, é essencial que o osteopata tenha um conhecimento amplo do corpo humano e de todos os processos envolvidos no seu funcionamento.
Podemos definir os três pilares fundamentais da osteopatia como:
- o próprio corpo é capaz de produzir substâncias curativas;
- a saúde depende da integridade estrutural;
- a estrutura viciosa é a principal causa de doenças.
Alguns dos objetivos da osteopatia são:
- diagnosticar, tratar e prevenir distúrbios neuro-músculo-esqueléticos e alterações relacionadas;
- tratar, por meio de um trabalho global, as cadeias lesionadas descendentes e ascendentes;
- promover o equilíbrio das funções do corpo;
- usar técnicas manuais variadas e outras que forem necessárias para promover a regulação da homeostase.
Hoje, a osteopatia é reconhecida e regularizada pelo COFFITO — Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
Como funciona a osteopatia no esporte?
Não são raros os exemplos de atletas que já se beneficiaram da osteopatia no esporte. Zinedine Zidane, em 1998, já fazia uso da técnica. E por que ela tem sido tão popular nesse meio? Porque a osteopatia consegue tratar e prevenir lesões, buscando a causa do problema e reduzindo a necessidade de remédios e até de cirurgias.
Mas não pense que apenas atletas de ponta podem aproveitar esses benefícios. Atletas amadores, que têm mais risco de lesões, também são capazes de se beneficiarem da osteopatia no esporte, reequilibrando o seu corpo para uma prática mais saudável.
Por ser um tratamento pouco invasivo e que favorece a recuperação de forma natural, a osteopatia no esporte é muito benéfica, trazendo mais qualidade de vida aos esportistas, além de uma recuperação mais rápida.
Além disso, a osteopatia age corrigindo disfunções que já estão presentes no corpo do atleta, minimizando o risco de novas lesões surgirem.
Como no esporte são necessários tratamentos rápidos, com o menor número possível de medicamentos e que tratem o problema (não apenas camuflem a dor), a osteopatia tem sido uma ótima escolha, atingindo todos esses pontos.
Assim, a osteopatia pode ser usada como complemento de outros tratamentos e como uma forma de reabilitação única dos atletas.
Quais são os tratamentos mais usados na osteopatia no esporte?
A osteopatia no esporte visa principalmente trazer melhorias na biomecânica do atleta, como nos processos de recuperação após as competições e na prevenção de lesões.
As técnicas são amplamente utilizadas para vários problemas que podem ser comuns no mundo dos esportes, como:
- bursites;
- entorses;
- tendinites;
- hérnia de disco;
- lesões musculares.
O primeiro passo do osteopata é fazer uma avaliação completa do atleta, visando identificar os principais fatores predominantes que estão atuando na lesão ou que podem vir a causá-la, como restrições articulares, problemas emocionais, hábitos alimentares, entre outros.
Assim, o atleta é analisado de forma global e, somente a partir disso, o osteopata poderá começar a aplicar a técnica manual, trabalhando com as áreas afetadas.
Nos períodos que antecedem as competições, a osteopatia pode ajudar no alívio rápido dos desconfortos e ter um papel importante na melhoria do desempenho competitivo. Outra vantagem é que a osteopatia não usa nenhum tipo de medicamento, impedindo que o atleta sofra com doping, por exemplo.
A biomecânica na osteopatia
A biomecânica é algo de extrema importância na osteopatia, afinal, se o corpo está com a biomecânica equilibrada, tudo funcionará de forma correta.
Ou seja, haverá menor esforço muscular para desenvolver os movimentos, uma necessidade menor de força para a realização das atividades e, com uma musculatura equilibrada, os órgãos abdominais e torácicos estarão em posições ideais, favorecendo ao equilíbrio de todo o corpo.
A osteopatia e as respostas fisiológicas
O tratamento osteopático consegue influenciar na fisiologia do organismo, uma vez que modifica padrões do sistema nervoso, permitindo um movimento em nível de função, de acordo com o que é o ideal para cada individuo.
As técnicas de osteopatia agem integrando toda a dinâmica dos tecidos nervosos, articulares, vasculares e fasciais. Assim, com a aplicação das técnicas manuais, o osteopata busca normalizar a mobilidade e a funcionalidade de vários pontos do corpo, promovendo um equilíbrio.
Osteopatia integrada à fisioterapia
Para ter ainda melhores resultados na área do esporte, é muito importante aliar a osteopatia a outros tratamentos fisioterápicos, como eletroterapia, bandagens, crioterapia e laserterapia, buscando reabilitar o atleta o mais rapidamente possível das lesões agudas, reduzindo os quadros de dor e de inflamação, permitindo que haja a manipulação adequada.
Quais são os benefícios de investir na osteopatia no esporte?
Agora que você já entendeu um pouco mais sobre como funciona a osteopatia no esporte, veja alguns benefícios que essa prática traz:
1. Previne lesões
A osteopatia não trata apenas lesões agudas, mas principalmente ajuda a evitar que elas aconteçam. Isso porque o osteopata busca a causa do problema, reequilibrando o corpo e evitando que as lesões se tornem repetitivas e constantes.
2. Não usa medicamentos
Todas as técnicas empregadas na osteopatia são manuais, ou seja, sem o uso de nenhum tipo de medicamento. Isso é algo muito importante para os atletas de ponta que têm uma série de restrições quanto aos medicamentos que podem tomar.
3. Ajuda na recuperação mais rápida
Quando aliada a outros tipos de tratamentos fisioterápicos, a osteopatia ajuda o atleta a se restabelecer mais rapidamente, se recuperando de forma global das lesões. Isso acontece porque o osteopata faz uma análise completa de cada paciente e não foca apenas em minimizar os sintomas do problema, mas sim em tratar a causa.
4. Promove mais qualidade de vida
A osteopatia não busca apenas tratar doenças ou lesões, ela entende que um corpo equilibrado é essencial para que a pessoa tenha mais bem-estar e qualidade de vida.
Para os atletas, sofrer com menos lesões e ter um corpo biomecanicamente equilibrado é fundamental, melhorando seus resultados e também reduzindo suas dores e problemas recorrentes da prática esportiva.
5. Melhora o rendimento
Sem lesões e com um corpo equilibrado o atleta tende a render mais, e isso é algo benéfico tanto para os atletas de ponta quanto para os amadores. A osteopatia pode ser usada no período de pré-competição e na recuperação após as provas.
Como você viu, a osteopatia no esporte tem muitas aplicabilidades e benefícios aos atletas, e por isso tem ganhado cada vez mais importância nessa área. Gostou deste conteúdo? Aproveite e leia nosso post sobre fisioterapia preventiva!