Eletroterapia: tudo o que você fisioterapeuta precisa saber

O uso das ondas elétricas como forma de terapia é antiga. Os estudos datam de anos antes de Cristo, quando os médicos da época usavam o peixe-elétrico para reduzir a dor em pacientes, principalmente os acometidos pela gota.

Com o avançar dos anos e da tecnologia, a eletroterapia passou a se tornar ainda mais importante dentro da fisioterapia, contribuindo não apenas para a analgesia, mas também para a estimulação muscular, auxiliando no tratamento de fraquezas musculares e até de incontinência urinária.

Justamente por ser uma área tão ampla e com tantas formas de uso é que a eletroterapia tem se tornado uma aliada cada vez mais forte nas propostas terapêuticas. E conhecer exatamente as possibilidades que essa área apresenta pode ajudar você a planejar tratamentos ainda mais precisos para os seus pacientes.

Quer saber mais sobre a eletroterapia e tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto? Então, continue a leitura!

O que é a eletroterapia e como ela funciona?

A eletroterapia, como o próprio nome sugere, é a terapia por meio da aplicação de ondas elétricas. Apesar disso, é importante ressaltar que essas correntes são, na grande maioria das vezes, em intensidades muito baixas, na casa dos miliamperes ou microamperes.

Hoje, existe uma variedade muito ampla de aparelhos de eletroterapia e cada qual é capaz de trabalhar com um tipo variado de energia eletromagnética, com indicações e aplicações bastante distintas.

As correntes emitidas por esses aparelhos também são variadas e podem ser indicadas para a redução da dor ou do edema, para auxiliar na cicatrização da pele, para fortalecer uma musculatura, para melhorar a oxigenação do tecido, entre muitas outras indicações.

Quanto mais o fisioterapeuta conhecer o funcionamento dessas correntes e a sua aplicabilidade, mais fácil será pensar em formas de usar a eletroterapia na fisioterapia, criando programas de tratamento que realmente reabilitem o paciente e ajudem-no a ter uma qualidade de vida muito melhor.

Lembrando que, na maioria das vezes, apenas a eletroterapia não é suficiente como tratamento único, já que ela não costuma tratar das causas do problema, apenas funciona como um tratamento adjacente, que auxilia o paciente a sentir menos dor ou a ter uma qualidade de vida melhor.

Justamente por isso é fundamental aliar essa técnica com outras terapêuticas, como os exercícios, a mecanoterapia, o uso de outros aparelhos etc.

Entre os benefícios da eletroterapia podemos citar:

  • relaxamento muscular: reduzindo a tensão muscular, melhorando a circulação sanguínea e promovendo a redução das dores;
  • redução de edemas: determinadas correntes são capazes de realizarem uma contração muscular, impulsionando os vasos linfáticos e estimulando a reabsorção da linfa em excesso;
  • controle da dor: criada tanto pelo relaxamento muscular quanto pela ação de determinados aparelhos que “enganam” o cérebro, bloqueando a informação da dor e ainda favorecendo a produção de hormônios analgésicos, como as encefalinas e as endorfinas.

Qual é a importância da eletroterapia para a fisioterapia?

Como dissemos, não é de hoje que a eletroterapia é utilizada como terapêutica na reabilitação de pacientes. Com tantos avanços e possibilidades, a eletroterapia se tornou um campo extremamente importante para a fisioterapia, auxiliando na reabilitação de inúmeras patologias.

Veja algumas das vantagens do uso da eletroterapia na fisioterapia.

Redução da dor

Tanto em pacientes que sofrem com dores crônicas quanto naqueles que passaram por uma lesão, uma cirurgia ou outras questões, a redução da dor é algo extremamente importante.

Não apenas para garantir uma qualidade de vida melhor a essa pessoa, mas também para permitir que o paciente consiga realizar as demais propostas terapêuticas indicadas pelo fisioterapeuta, como uma sequência de exercícios, por exemplo.

Com dor, o paciente também não conseguirá realizar as demandas em casa que podem ser necessárias para a sua plena recuperação, e nem sentir-se seguro para várias atividades do dia a dia.

No caso de pacientes que sofrem com dores crônicas, como os fibromiálgicos, já existem aparelhos do tipo TENS que podem ser aplicados em casa, com a orientação de um fisioterapeuta, e que auxiliam muito na redução das crises e na melhora da qualidade de vida, reduzindo até mesmo a necessidade de medicações adicionais.

Aumento da mobilidade

A redução da mobilidade é outro problema recorrente nas clínicas de fisioterapia e pode ter diversas causas, como uma cirurgia ortopédica, um trauma, uma lesão profunda, o uso prolongado de gesso e até dores causadas por hérnias e outras discopatias, por exemplo.

Com o uso da eletroterapia, sobretudo do ultrassom, é possível conseguir melhoras significativas nesse quadro. O ultrassom, por exemplo, com o seu calor profundo consegue “amaciar” e “esticar” o tecido conjuntivo, garantindo mais mobilidade e amplitude de movimentos.

Esses são ganhos essenciais para que o paciente continue executando outros exercícios propostos, sem dor e nem dificuldades que poderiam atrapalhar o seu avanço. Ou seja, ganha-se também tempo, reduzindo o tratamento e o número de intervenções necessárias.

Fortalecimento muscular

Existem inúmeras situações que podem levar à fraqueza de determinada musculatura e até mesmo à sua posterior atrofia. Em pessoas acamadas, vítimas de AVC ou de outras complicações neurológicas, por exemplo, resguardar a força de um grupo muscular é de suma importância no pleno restabelecimento do paciente e na busca por uma melhor qualidade de vida.

Nesse sentido, a eletroterapia pode ser uma aliada importante, agindo em um grupo muscular específico e promovendo a contração por meio dos impulsos elétricos.

Outra possibilidade é o uso do FES (Estimulação Elétrica Funcional) para a contração de músculos comprometidos. Com esse aparelho, as contrações são obtidas por meio de pulsos elétricos em micro ou milissegundos e com uma frequência controlada, resultando em contrações mais fisiológicas e que recrutam as unidades motoras dos músculos.

Ainda falando sobre fortalecimento e contração muscular, um uso muito interessante nesse sentido é para a melhora dos quadros de incontinência urinária, por meio da estimulação da musculatura pélvica em mulheres que sofrem do problema.

Estética

Além dos vários fins terapêuticos que relatamos, a eletroterapia também tem sido usada para fins estéticos, como reduzindo a flacidez, as rugas, as olheiras, as celulites e até auxiliando na revitalização facial, usando para isso uma corrente galvânica capaz de estimular a regeneração da pele.

Outros benefícios conseguidos com a eletroterapia também trazem ganhos importantes na estética, como a desobstrução dos gânglios linfáticos, a produção de colágeno, a oxigenação da pele, e o fortalecimento de músculos da face (ajudando na redução da flacidez que pode levar ao aparecimento de rugas).

Existem muitas técnicas que podem ser usadas para esses fins, como: a eletroestimulação, a eletrolipoforese, a eletroporação, a endermologia, a radiofrequência, a corrente russa, a galvanopuntura, o ultrassom, as microcorrentes, entre outras.

Correntes mais usadas para fins terapêuticos

Como você pôde notar, existem inúmeras vantagens do uso da eletroterapia na fisioterapia, assim como vários tipos de correntes, com finalidades diversas. Algumas mais usadas são:

  • TENS: analgesia;
  • galvânica: analgesia, anti-inflamatória e para a permeação de ativos;
  • interferencial: anti-inflamatória e analgesia;
  • diadinâmicas: analgesia e anti-inflamatória;
  • FES: fortalecimento muscular;
  • russa: fortalecimento muscular;
  • polarizada: permeação de ativos;
  • farádica: relaxamento muscular e analgesia;
  • microcorrentes: cicatrizante, anti-inflamatório, bactericida e antiedematosa.

Quais são os principais equipamentos usados na eletroterapia?

Como falamos, a eletroterapia tem inúmeras aplicações na fisioterapia, ajudando na reabilitação dos pacientes, na redução das dores e até mesmo com fins estéticos.

Justamente por essa gama de aplicações é que hoje o mercado tem inúmeros aparelhos de eletroterapia, cada qual utilizando um tipo diferente de corrente e com aplicações e indicações igualmente distintas. Veja alguns.

Ultrassom

O ultrassom trabalha com movimentos ondulatórios na forma de vibração mecânica que produzem ondas no sentido longitudinal. É o número de ondas que determina a frequência do aparelho, que costumam variar entre 3 MHz e 1 MHz, sendo que os de 3MHz também podem ser usados para fins estéticos.

As ondas têm como vantagem a maior facilidade de penetração nos tecidos (de acordo com a sua constituição e densidade).

Essas vibrações mecânicas promovem um aumento do metabolismo local, o que gera um melhor aporte de fluxo sanguíneo local, melhorando a retirada de catabólitos, a nutrição dos tecidos e ainda favorecendo a regeneração tecidual.

A ação mecânica do ultrassom sobre os tecidos ainda produz a liberação das aderências, graças à separação das fibras de colágeno, à remodelagem das camadas intracelulares e à absorção de íons de Ca++.

Por tudo isso, o ultrassom pode ser usado para vários tipos de tratamentos, como: contraturas e tensões musculares, tendinites, mialgias, bloqueios articulares e para a recuperação de cicatrizes cirúrgicas.

Esse aparelho trabalha com dois tipos de ondas terapêuticas:

  • pulsátil: o fluxo de ondas ultrassônicas tem interrupções — é o modo indicado para o tratamento de lesões agudas;
  • contínuo: não tem interrupções no fluxo das ondas e é indicado para o tratamento de lesões crônicas.

Porém, como todos os tratamentos, o ultrassom também apresenta contraindicações, não sendo recomendada a sua aplicação em:

  • zonas de crescimento;
  • áreas como ouvidos, olhos, testículos, ovários e tratadas com radioterapia;
  • cicatrizes em pós-operatório imediato;
  • processos infecciosos;
  • tromboses e flebites;
  • grávidas;
  • pessoas com câncer.

Estimulação Elétrica Transcutânea (TENS)

Esse é um dos aparelhos mais comuns quando falamos em eletroterapia, e é amplamente utilizado para o alívio da dor em processos agudos ou crônicos. Para isso, o TENS utiliza uma corrente despolarizada.

Hoje é possível encontrar no mercado aparelhos de TENS com dois tipos de eletrodos:

  • autoadesivos, que não necessitam de materiais extras para a adesão na pele do paciente, têm maior fixação e também podem ser reutilizados;
  • de silicone, que apresentam uma duração média de 6 meses, precisam ser limpos com álcool 70% e necessitam de materiais adicionais para sua aplicação, como gel e fita adesiva.

Ambos os eletrodos apresentam resultados semelhantes, sendo que escolher entre um ou outro dependerá das preferências do fisioterapeuta e também do conforto do paciente. Os eletrodos autoadesivos apresentam vantagens como: fácil fixação e remoção e ainda não necessita de materiais extras na sua aplicação.

Além do tipo, outro ponto que influencia no tratamento é o tamanho do eletrodo, que deve estar de acordo com a área a ser tratada, garantindo a eficácia do aparelho.

Também é importante ficar atento ao posicionamento dos eletrodos, que influenciam diretamente nos resultados obtidos. Alguns posicionamentos mais usados são:

  • bilateral: dois eletrodos de um mesmo canal são colocados em um único lado da região a ser tratada;
  • unilateral: um eletrodo é colocado em um dos lados de uma articulação;
  • proximal: os eletrodos ficam localizados na parte superior da lesão, sendo uma forma eficaz para o tratamento de lesões de nervos periféricos e lesões medulares;
  • distal: pelo menos um eletrodo é colocado na região de dor, oferecendo parestesia em toda a área afetada.

O TENS é indicado para reduzir as dores em diversos casos, como pacientes com dores crônicas, dores pós-operatórias, dores lombares e cervicalgias, bursites, entre outros.

Porém, sua aplicação deve ser evitada em pessoas que fazem uso de marca-passo, grávidas, nas regiões das carótidas e das pálpebras, em crianças, epilépticos e também nos casos de dores sem diagnóstico.

Ondas Curtas (Diatermia)

Os aparelhos de ondas curtas são aqueles capazes de emitir ondas elétricas de alta frequência que geram calor profundo, o que leva ao aquecimento dos tecidos.

Como resposta a esse aquecimento, ocorre o aumento do fluxo sanguíneo, que por sua vez leva à redução dos processos inflamatórios e o alívio da dor.

É possível optar por um aquecimento moderado, para tratar doenças crônicas, ou um aquecimento mais brando, no caso de processos agudos.

Vale lembrar, contudo, que não existe relação entre mais calor e melhores resultados terapêuticos. Na verdade, se o calor não for pensado de acordo com a sensibilidade e as necessidades do paciente, é possível causar ainda mais problemas, como lesões teciduais e queimaduras.

A diatermia é recomendada no tratamento de contraturas, entorses, contusões, rigidez pós-gesso, hipotrofia muscular, anquilose fibrosa, artrite, bursite, espondilite, epicondilite, mialgias, lombalgias, miogelose etc.

Contudo, as ondas curtas não devem ser usadas em:

  • grávidas;
  • mulheres no período menstrual;
  • pessoas com câncer;
  • pacientes com trombose venosa;
  • feridas abertas;
  • pacientes com marca-passo;
  • pacientes com próteses metálicas;
  • pessoas com alterações na sensibilidade térmica;
  • tecidos isquêmicos.

Além disso, o uso da diatermia requer alguns cuidados como:

  • os cabos não devem cruzar entre si;
  • as placas não devem ser usadas sobre espículas ósseas;
  • apenas usar o aparelho de diatermia em maca de madeira, reduzindo problemas com curto-circuito;
  • a área tratada não poderá ter pomadas, óleos e cremes, e precisa ser protegida com uma toalha limpa;
  • o paciente deverá ser informado sobre a sensação térmica desejada.

Laser

O laser na fisioterapia utiliza a amplificação da luz por emissão estimulada de radiação, produzindo, dessa forma, um efeito analgésico, anti-inflamatório, estimulante celular e modulador do sistema conjuntivo, auxiliando na regeneração e na cicatrização de diferentes tecidos.

O seu uso é recomendado para:

  • lesões nervosas periféricas;
  • cicatrização de feridas abertas;
  • processos inflamatórios e degenerativos de tecidos moles;
  • edemas periarticulares.

Contudo, o laser não é indicado em casos de neoplasias, processos bacterianos, em tecidos especializados (como os testículos e o ovário) e nem sobre a retina.

Alguns cuidados essenciais que garantem o sucesso do tratamento são:

  • aplicação sempre sobre a pele limpa e livre de óleos, cremes, pomadas ou secreções sebáceas;
  • ângulo de incidência sempre localizado sobre a área de aplicação;
  • tanto o paciente quanto o fisioterapeuta precisam usar proteção ocular;
  • a caneta laser sempre deverá ser testada antes da aplicação.

Corrente FES

Por meio da despolarização do nervo motor, esse aparelho permite realizar a contração muscular mediante a estimulação elétrica, o que gera uma resposta na unidade motora do músculo, levando a uma contração eficiente.

Normalmente, as frequências de pulsos usadas na corrente FES estão entre 30 a 80 MHz e com duração de pulso que varia entre 200 e 600 microssegundos. Embora esses sejam os parâmetros mais usados, eles podem variar dependendo do tratamento a ser usado.

Para que a contração aconteça é necessária a aplicação de uma sequência de estímulos programada com determinada duração (de repetição e de frequência apropriadas). Essa série de estímulos é conhecida como trem de pulso.

O fisioterapeuta deverá observar o tempo entre dois trens de pulso e o período de repouso, permitindo, assim, um controle maior sobre as contrações musculares, evitando a fadiga.

Alguns cuidados também precisam ser tomados no uso do FES, como:

  • não aplicar sobre a pele irritada;
  • manter contato dos eletrodos com a pele;
  • analisar corretamente o tamanho do eletrodo — que varia de acordo com a técnica usada, a resposta que se deseja obter, o local em que será aplicado e o tamanho do músculo a ser trabalhado;
  • condução uniforme da corrente em todos os pontos.

A corrente FES é indicada no tratamento de traumas, paralisia cerebral, AVC, lesão medular, espasmos, imobilização de membros por longos períodos etc.

Porém, ela não deve ser usada em pessoas com câncer, na área da faringe ou em regiões com a sensibilidade alterada, em grávidas e em pessoas com trombose arterial ou venosa.

Corrente Russa

Nesse tipo de tratamento, os impulsos elétricos estão associados a movimentos musculares, sendo usados para enrijecer e tonificar determinada musculatura, aumentando a capacidade muscular. Justamente por isso, a corrente russa ficou muito famosa na área da estética.

Contudo, vale salientar que o aparelho sozinho não consegue substituir o exercício físico e ambos devem ser usados juntos para melhores resultados.

Geralmente, a corrente russa é usada para a reabilitação de atletas, para auxiliar o ganho e a recuperação da força muscular, para melhoria do sistema circulatório e também na fisioterapia dermatofuncional, ajudando no combate à flacidez.

Corrente Galvânica

A corrente galvânica é um aparelho que trabalha com uma corrente contínua (que sempre mantém a mesma intensidade), em qualquer uma das direções. Para funcionar, o aparelho utiliza dois eletrodos, sendo um negativo e outro positivo, que ficam em contato com a pele do paciente.

Pela pele ainda podem ser associados o uso de cosméticos ou de íons medicamentosos, aumentando a ação do tratamento.

Hoje, a corrente galvânica é muito mais usada na área da estética, já que permite a penetração de ativos cosméticos na pele com muito mais facilidade, favorecendo a limpeza profunda, as desincrustações e também tratamentos como o eletrolifting ou a ionização (que promove uma hidratação profunda na pele).

Nos processos terapêuticos, seu uso varia de acordo com o polo usado. Assim temos:

  • polo negativo: contusão, distensão, fibrose, artrose e enfermidade de Raynaud;
  • polo positivo: distensão, bursite, lombalgia, neuralgia, mialgia, atrite, neurite e artralgia.

Eletroestimulação Neuromuscular (ENM)

O termo eletroestimulação neuromuscular se refere a aparelhos que geram corrente elétrica para a estimulação ao nível motor, gerando contrações musculares.

Assim, ao contrário dos equipamentos que visam a analgesia, como o TENS, o ENM passa pelo limiar sensitivo, atuando sobretudo no limiar motor do paciente. Para isso, é necessário trabalhar com uma corrente com pulsos de duração maior.

O uso do ENM pode ser variado, como para relaxamento muscular, para evitar lesões, em resposta à estimulação em esportes e também na reabilitação física, garantindo uma maior capacidade de recuperação da musculatura.

Outro uso do ENM é na terapia em casos de hemiplegia e de atrofia muscular, ajudando a melhorar o trofismo local, aumentando a capacidade de circulação venosa e arterial e ainda garantindo efeitos psicológicos positivos nos pacientes, enxergando os seus músculos contraindo, restaurando a confiança de que eles voltarão a funcionar.

Corrente Interferencial

É um aparelho de eletroterapia que utiliza correntes elétricas alternadas com amplitude modulada em baixa frequência, variando de 4.000 a 4.200 Hz.

Seu uso é indicado para o tratamento de luxações, entorses, contusões musculares, artroses, rupturas parciais, contraturas, bursites, tendinites, mialgias, neuralgias e periartrites.

A corrente interferencial não deve ser aplicada em pacientes com câncer, que apresentem febre, com tuberculose óssea, em infecções locais, em pessoas com trombose ou que façam uso de marca-passo.

Assim como o TENS, a corrente interferencial também é usada para o alívio da dor, sobretudo em pacientes que não viram resultados com outras técnicas de eletroterapia.

Além disso, quando aplicada em musculaturas sadias, a corrente interferencial pode levar à hipertrofia, à hipertonia e ao aumento da potência, com resultados parecidos com os alcançados com a corrente russa.

Como você pôde notar, o termo eletroterapia é extremamente amplo, bem como a variedade de correntes e de aparelhos utilizados. Compreender cada um deles, suas indicações e aplicações é fundamental na hora de encontrar o tratamento mais adequado para as necessidades dos seus pacientes.

Vale lembrar, contudo, que a maior parte dos aparelhos de eletroterapia não consegue curar a causa dos problemas, apenas trazer mais conforto aos pacientes, reduzindo as dores e os edemas, por exemplo.

Por isso, é sempre fundamental que o fisioterapeuta alie o uso dos aparelhos com outras técnicas fisioterápicas, como a mecanoterapia, o uso de exercícios controlados e até de outros aparelhos.

Dessa forma, a eletroterapia pode funcionar como um ponto de partida, ajudando a restabelecer inicialmente o paciente e auxiliando para que ele consiga realizar as demais propostas de maneira mais adequada e sem dor, reduzindo, assim, o tempo total de tratamento.

Depois de ler este conteúdo, você tirou todas as suas dúvidas sobre eletroterapia? Entre em contato conosco e descubra as nossas soluções nessa área para deixar a sua clínica ainda mais completa!