A importância da termoterapia no tratamento de pacientes

A evolução dos métodos terapêuticos já melhorou a qualidade de vida de vários pacientes ao redor do mundo. Casos que seriam muito difíceis de tratar, ou cuja solução nem se conhecia, hoje podem ser resolvidos com um trabalho simples. E um exemplo disso é o uso da termoterapia em diversos processos de cura.

Como o nome já diz, trata-se da “terapia da temperatura”. Durante o procedimento, utiliza-se o calor como ferramenta terapêutica para melhorar a condição física da pessoa. Há diversos efeitos positivos nesse tipo de tratamento, que podem ir desde a melhoria estética até o alívio de algum problema muscular.

Quer entender melhor a importância da técnica para seus pacientes? Então, continue a leitura deste artigo!

Como a termoterapia ajuda o paciente?

Há várias formas de aplicar o tratamento pelo calor em um paciente. Durante o processo, são produzidos efeitos variados, de acordo com a forma de uso. Basicamente, existem duas modalidades:

Superficial

É feito sobre a camada superficial da pele, geralmente com a utilização de mantas térmicas para aplicar o calor sobre uma área específica do corpo. As regiões tratadas costumam ficar a 40ºC e são mantidas a essa temperatura por uma conexão elétrica.

Profunda

Trata-se de um tratamento aplicado às camadas mais internas da pele, aos músculos ou mesmo aos tendões. É utilizada radiofrequência, que aquece os tecidos internos e os mantém a uma temperatura de, aproximadamente, 40º C por 15 minutos.

Os benefícios buscados podem variar bastante. Os mais comuns são:

  • maior vascularização da área;
  • melhoria do sistema imunológico;
  • efeito analgésico;
  • facilidade de entrada de ativos na pele;
  • diluição do muco no sistema respiratório.

Quando ela é recomendada?

Considerando os efeitos listados, a termoterapia pode ter várias indicações, que mudam de acordo com a área aplicada. Alguns casos comuns são:

Inflamações crônicas

Se o paciente apresenta pequenas inflamações frequentes em uma região do corpo, o tratamento pode ajudar a vascularizá-la, reduzindo a inflamação.

Dores musculares crônicas

Pessoas com problemas de torção ou que realizam exercícios físicos intensos são mais propensas a dores musculares. O uso do calor ajuda a relaxar os músculos, o que quebra o ciclo de dor.

Procedimento auxiliar de pele

Muitos medicamentos e princípios ativos precisam ser absorvidos pelos poros, mas esse processo pode ser lento e até incompleto. Porém, com a aplicação do calor, os poros abrem e facilitam a absorção.

Eliminação de toxinas pelo suor

A sudorese é uma forma de limpar a pele. Em uma sauna, por exemplo, o objetivo é promover a abertura dos poros e facilitar a limpeza por meio do suor. O mesmo princípio é aplicado nesse tratamento.

Em quais casos é contraindicada?

Assim como ocorre com qualquer outro procedimento, a termoterapia não é recomendada para todas as pessoas, pois há muitas condições que podem ser agravadas pelo calor intenso. Por isso, deve-se evitar aplicá-la nos casos abaixo.

Pele com perda de sensibilidade

A aplicação de calor sobre a pele, especialmente por períodos prolongados, sempre exige cuidado. A exposição por um tempo maior do que o previsto ou sobre uma região mais vulnerável pode causar danos ao corpo.

Se a área de aplicação não é sensível, seja por anestesia ou algum outro problema, o paciente pode não perceber que o calor está machucando.

Áreas com tumor

Como você já deve saber, tumores são tecidos que crescem sem controle, consumindo recursos e pressionando outros órgãos. Ao aplicar mais calor sobre eles, pode ser que se expandam, pois a vascularização aumenta o tamanho e permite a passagem de mais recursos pelo sangue.

Pacientes com problemas de anticoagulação

Pessoas hemofílicas ou com outras deficiências que dificultem a coagulação do sangue devem evitar se tratar dessa forma. A alta temperatura aumenta a vascularização, o que pode tornar pequenos cortes ainda mais problemáticos para esses indivíduos.

Que equipamentos são usados na termoterapia?

Para aplicar esse tratamento da forma correta, é necessário ter à mão os equipamentos básicos. Você pode escolher apenas um deles para tratar seus pacientes, mas o ideal é conhecer as opções disponíveis (inclusive as contraindicadas).

Veja, a seguir, as 4 ferramentas mais usadas.

Mantas térmicas

Trata-se de panos úmidos aquecidos por uma corrente elétrica ou preaquecidos em água. Eles ajudam a manter a pele na temperatura correta para o procedimento, sendo a forma mais prática de aplicar um tratamento local. Isso vale especialmente para casos emergenciais, como câimbras repentinas e após exercícios intensos.

Infravermelho

Em alguns casos, para aumentar a precisão, é possível utilizar a radiação infravermelha a fim de aquecer a pele. Esse tipo de radiação não tem muito alcance, então só atinge as camadas mais superficiais. Tal opção é indicada para tratamentos na face, em que é mais difícil aplicar as mantas.

Micro-ondas

Para um tratamento do tipo profundo, é necessário usar outras ferramentas mais elaboradas. Uma delas é a aplicação de raios de micro-ondas, similares aos usados no forno elétrico.

Tais raios podem atravessar as primeiras camadas da pele e chegar a 7 centímetros de profundidade nos tecidos. Tais características permitem tratar os músculos, por exemplo.

Ultrassom

O ultrassom pode cumprir um papel semelhante ao das micro-ondas, pois cria vibrações capazes de se dissiparem na forma de calor no interior da pele. O efeito é quase o mesmo. Então, a escolha da ferramenta deve considerar a facilidade de acesso em seu ambiente de trabalho.

Como ter um tratamento mais eficaz?

Confira o histórico do paciente

Antes de iniciar qualquer tratamento, é muito importante que você, enquanto terapeuta, verifique as condições do paciente. Caso haja alguma contraindicação ou um cuidado especial a ser tomado, você vai querer saber disso com antecedência.

Faça a higienização cuidadosa da pele

A termoterapia é bem mais eficaz quando a pele em que o calor será aplicado está devidamente limpa com óleos e/ou sabão. As impurezas, além de dificultarem a ação de princípios ativos, causam a dispersão do calor, o que torna o tratamento mais lento.

Dê orientações quanto aos cuidados com o sol

Após realizar uma sessão, a pele tende a ficar mais sensível, tornando-se vulnerável a danos. Isso significa que a radiação do sol é ainda mais nociva. Após encerrar o tratamento, oriente o paciente a evitar os raios solares e sempre usar protetor.

Recomende a hidratação

Por fim, mas não menos importante, vale lembrar que o tratamento costuma induzir à sudorese, podendo causar desidratação — em especial, no tratamento profundo. Tenha bastante água no consultório e diga ao paciente para se manter hidratado após cada sessão. Água e sucos naturais são bastante recomendados.

Agora você já sabe mais sobre a termoterapia e como tal método pode contribuir para a saúde de seus pacientes, não é?

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