Se você der uma boa olhada ao seu redor, vai ver o quanto a tecnologia está presente na sua vida. Mas muito mais do que isso, a verdade é que ela também possibilitou avanços em diversas áreas, trazendo mais praticidade, conforto e muitas melhorias. E isso não é diferente com a fisioterapia.
Softwares, equipamentos e técnicas modernas estão revolucionando a reabilitação de pacientes com diferentes problemas. Neste post, explicaremos um pouco sobre como isso é possível na fisioterapia e suas tecnologias. Confira!
A tecnologia melhora o desempenho terapêutico
Adotar a tecnologia nas práticas terapêuticas não significa apenas inserir algo diferente e que chame mais atenção. Diversas pesquisas têm mostrado bons resultados ao utilizar softwares e equipamentos na reabilitação de pacientes com lesões, fraturas e doenças degenerativas, como a esclerose múltipla e o Alzheimer.
Além disso, algumas técnicas já são bastante utilizadas na recuperação muscular de atletas das mais variadas modalidades, antes e depois dos treinos. Por meio de métodos como a crioterapia e a eletroterapia, eles conseguem eliminar mais rapidamente dores e fadigas, melhorando o desempenho esportivo.
Assim, enquanto algumas tecnologias ainda fazem parte do campo experimental, outras já oferecem ótimos resultados, sendo bem utilizadas na fisioterapia. De qualquer forma, não há como negar que os recursos tecnológicos são importantes aliados.
As técnicas se adaptam às diferentes necessidades
Além dos bons resultados, outra grande vantagem da tecnologia é a versatilidade. Existem diversos tipos de terapias, com diferentes efeitos e aplicações, desde a recuperação de doenças degenerativas, até na medicina esportiva. Veja abaixo algumas delas.
Musicoterapia
Muitos estudos estão sendo feitos na área de musicoterapia. Essa técnica utiliza softwares e tecnologias, como a realidade aumentada, para estimular o pensamento e a coordenação motora.
Em uma das formas de se utilizar essa técnica, por exemplo, são formadas imagens 3D de cubos correspondentes a cada uma das notas musicais. Ao tocar num cubo, o aparelho reproduz o som equivalente.
De fato, as capacidades terapêuticas da música em todas as suas formas são reconhecidas há muito tempo. No entanto, crianças e idosos com distrofia muscular têm respondido bem ao método, uma vez que não conseguem de fato tocar um instrumento musical.
Gameterapia
A utilização de jogos interativos já é cada vez mais uma realidade em clínicas e consultórios fisioterapêuticos. Com a ajuda de equipamentos, como o Kinect do Xbox da Microsoft e o Wii da Nintendo, é possível se fazer a leitura dos movimentos dos pacientes.
Os sensores usadas na gameterapia captam a atividade elétrica dos músculos inertes, de modo a estimular novos movimentos. Os pacientes também podem interagir com formas virtuais e entre si, sendo uma maneira lúdica e divertida de recuperação.
Realidade virtual
Seguindo o mesmo princípio dos sensores dos games, óculos e luvas são usados para capturar os movimentos de membros paralisados. O cérebro envia os comandos e adapta os músculos para a realização dos movimentos, dentro do ambiente virtual.
Ou seja, o paciente aprende a fazer em realidade virtual o que não consegue fisicamente. Isso é importante na reabilitação de muitas lesões neurológicas, em que os membros não foram prejudicados, pois os nervos são reeducados a se movimentar.
Trajes robóticos
Nesse tipo de tecnologia, os trajes feitos de alumínio ou titânio revestem o corpo do paciente, realizando os movimentos por eles. É uma forma de reaprender a se movimentar, usada principalmente na recuperação de pessoas que perderam os movimentos das pernas.
Com o tempo, os próprios pacientes passam a estimular o traje ou a realizar os comandos sozinhos. Esse tipo de terapia contribui tanto para a terapia de uma pessoa que sofre com alguma doença degenerativa quanto de quem teve uma lesão ou um AVC.
Eletroterapia
No caso da eletroterapia, são dadas pequenas descargas elétricas nos músculos do paciente a fim de estimular os movimentos e evitar a atrofia. Para isso, pode ser usada a estimulação galvânica. Já a corrente interferencial e a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) são empregadas há algum tempo para a redução de dores.
Vale lembrar que a atividade muscular normal libera energia, o que por si já justificaria a técnica. No entanto, os estímulos elétricos também contribuem para a melhora da circulação sanguínea e para as contrações dos músculos.
Crioterapia
Já faz tempo que as pessoas colocam gelo em luxações e para reduzir a dor muscular em casos inflamatórios. A crioterapia é uma das técnicas mais antigas adotadas pelos fisioterapeutas em todo o mundo.
Porém, agora estão sendo empregadas técnicas modernas de resfriamento, que ajudam na recuperação de músculos, principalmente na prática esportiva. Os atletas são colocados em grandes câmaras frias, que promovem uma reabilitação do corpo como um todo.
A crioterapia ajuda na redução de dores e também a recuperar os músculos após os jogos e treinos. Isso porque as baixas temperaturas favorecem a renovação celular e o restabelecimento das funções motoras.
Os pacientes aderem mais ao tratamento
Um dos grandes desafios de qualquer terapia é conseguir que o paciente a receba bem e siga as recomendações do especialista. Em muitos casos, a depressão, as dores ou a própria falta de compreensão sobre a importância do tratamento podem dificultar a adesão.
Na fisioterapia, isso é ainda mais grave, uma vez que a recuperação depende bastante da boa vontade do paciente em participar das atividades. Nesse sentido é que a tecnologia se torna tão importante, pois, ao agregar metodologias que conciliam entretenimento e concentração, promovem um maior engajamento do paciente.
Para muitos, pode ser bem mais fácil se recuperar por meio de jogos, músicas, simulações, entre outros. Os equipamentos e os softwares em si já geram uma curiosidade que atrai e retém o interesse das pessoas. Ou seja, a tecnologia gera outras formas de estímulo que contribuem bastante para o resultado final do tratamento.
Enfim, é importante ficar de olho em todas as novidades que surgem na fisioterapia e suas tecnologias. Não há como negar que elas têm aumentado a eficiência dos tratamentos, oferecendo melhores resultados aos profissionais e deixando os pacientes mais satisfeitos.
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