Apesar de o Brasil ainda ter uma grande quantidade de pessoas sedentárias, o número de praticantes de atividades físicas tem crescido. De acordo com o IBGE, em 2015, cerca de 61,3 milhões de brasileiros com mais de 15 anos praticavam algum esporte ou atividade física.
Isso significa um aumento crescente do mercado para a fisioterapia esportiva. Embora há alguns anos ela estivesse apenas atrelada aos atletas profissionais, hoje é cada vez mais comum ver esportistas amadores buscarem por esse fisioterapeuta, desejando melhorar seus resultados.
Ficou interessado? Então, continue lendo este artigo!
O que é a fisioterapia esportiva?
A fisioterapia esportiva, como o próprio nome sugere, é aquela voltada para o restabelecimento dos atletas, atuando tanto na prevenção de lesões quanto no tratamento delas.
Para conseguir atingir esse objetivo, o fisioterapeuta esportivo deve ter conhecimentos sólidos em várias áreas, como anatomia e histologia, fisiologia do exercício, biomecânica e cinesiologia desportiva.
Tudo isso para conseguir fazer uma análise completa do corpo do atleta, entendendo os desvios, as compensações e as fraquezas musculares que, junto dos movimentos típicos do exercício realizado, podem predispor o esportista a lesões.
Também é fundamental que o fisioterapeuta esportivo tenha conhecimentos em áreas distintas, garantindo um tratamento adequado, pouco invasivo e que promova uma recuperação rápida das lesões, ou que atue corrigindo os problemas verificados e evitando as lesões frequentes.
Em muitos casos, os tratamentos oferecidos na fisioterapia esportiva poderão ser bem semelhantes aos da fisioterapia ortopédica desenvolvidos em clínicas em geral, porém é primordial ter atenção a algumas peculiaridades, sendo a principal o conhecimento do fisioterapeuta sobre o esporte em questão e as necessidades exigidas na sua prática.
Somente assim o profissional poderá pensar, por exemplo, em um tratamento de fortalecimento muscular específico, que trabalhe com a musculatura mais exigida na modalidade em questão, levando em consideração toda a biomecânica da prática.
Por isso, é fundamental que o fisioterapeuta esportivo tenha uma formação sólida e continue se especializando, estudando as diversas modalidades esportivas.
Por que investir na fisioterapia esportiva?
1. Possibilidade de atender atletas amadores e profissionais
Como dissemos na introdução deste artigo, hoje, a fisioterapia esportiva está muito mais aberta e acessível, o que faz com que muitos atletas amadores também busquem por esse profissional, principalmente visando se prevenir de lesões.
Alterações biomecânicas, déficits musculares ou a fadiga excessiva na prática esportiva podem levar a lesões tanto no atleta de alto desempenho quanto no corredor amador, por exemplo.
O fisioterapeuta esportivo pode atuar auxiliando essas pessoas a se prevenir e a se recuperar mais rapidamente das lesões, melhorando a sua qualidade de vida e o rendimento na prática esportiva escolhida.
Para isso, o profissional realiza uma análise pré-atividade, buscando entender todas as alterações que acabam levando o esportista a lesões, evitando que elas voltem a ocorrer e fazendo com que a atividade seja mais prazerosa, com menos dores.
2. Requer acompanhamento contínuo
Uma das principais dificuldades do fisioterapeuta clínico é manter o seu consultório com uma boa rotatividade de pacientes, já que quando essas pessoas têm alta, dificilmente retornarão para outros tratamentos.
Na fisioterapia esportiva existe uma característica própria que requer acompanhamento contínuo do atleta, garantindo que ele estará em plenas condições tanto antes das provas quanto depois das competições.
Por isso, dificilmente você ficará sem pacientes, assim que conseguir criar uma boa carteira e relação com essas pessoas.
3. Possibilidade diversa de atuação
O fisioterapeuta esportivo pode atuar de maneiras diferentes, tornando esse um setor bem interessante para muitos profissionais. É possível trabalhar junto a clubes ou associações esportivas, atendendo em uma clínica especializada, prestando serviço em academias, em grupos de pacientes, entre outros.
O mercado é muito amplo e a atuação dependerá muito das preferências e das especialidades do profissional. Por exemplo, é possível trabalhar com times de base, garantindo o preparo físico adequado desses jovens e impedindo que lesões aconteçam ou, até mesmo, com grupos de pessoas com necessidades especiais, que usam a prática esportiva na sua socialização e recuperação física.
É possível, ainda, se especializar em um determinado tipo de esporte, trabalhando apenas com atletas da modalidade, sejam eles profissionais ou amadores.
4. Pouca concorrência
Se você parar para analisar, vai perceber que não existem tantos fisioterapeutas esportivos no país, apesar do aumento do número de praticantes de atividades físicas. Isso significa uma concorrência menor, principalmente quando comparado aos ramos mais tradicionais.
Essa baixa concorrência pode ser usada a seu favor, principalmente se você estiver pensando em atuar de uma maneira mais ampla, como criando uma clínica de fisioterapia esportiva e atendendo atletas de todos os níveis e modalidades.
Pode ser a oportunidade de criar um negócio diferenciado e bastante segmentado, ofertando um serviço novo na sua cidade e aumentando as chances de captar mais pacientes.
5. Promove o bem-estar
A prática esportiva está em alta, afinal, cada vez mais as pessoas estão em busca do bem-estar e de mais qualidade de vida. Mas é difícil conseguir isso quando é preciso conviver com lesões, dores e até o afastamento da modalidade que você escolheu.
Por isso, o fisioterapeuta esportivo é muito bem-visto, já que ele trabalha diretamente promovendo a saúde e o bem-estar dessas pessoas, garantindo que elas terão uma prática esportiva segura e eficiente.
É ele o profissional que as pessoas recorrem quando desejam melhorar o seu desempenho ou conseguir uma prática mais saudável, principalmente nos casos de pacientes com problemas prévios.
Assim, a fisioterapia esportiva não atua apenas na recuperação da lesão, mas principalmente na prevenção, evitando que esses problemas aconteçam e dando mais segurança aos atletas.
6. É um mercado em crescimento
Embora a fisioterapia esportiva não seja um ramo novo, o mercado está aquecido e crescendo, porque a nossa sociedade passou a valorizar mais o esporte e as atividades físicas. Além disso, o fato de o país ter sediado a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos também favoreceu o crescimento de outras modalidades esportivas, que não apenas o futebol.
Mas não se engane: para conseguir se destacar, ainda é preciso especialização e estudos continuados. E, claro, conhecer muito bem a modalidade esportiva a qual você deseja se dedicar.
Como você pôde notar, a fisioterapia esportiva é um mercado em alta e que ainda carece de profissionais capacitados e atualizados nas mais diversas técnicas de reabilitação e de prevenção de lesões.
Se você gostou deste conteúdo, leia o nosso post com dicas para conseguir se tornar um fisioterapeuta de sucesso e referência na área em que você escolheu atuar!