A evolução constante dos conhecimentos em saúde e o aprimoramento dos recursos tecnológicos, aliados ao tratamento humanizado possibilitaram terapias menos invasivas e que oferecem maior conforto ao paciente.
Essa tríade proporcionou mudanças positivas no diagnóstico, nas intervenções e no prognóstico das enfermidades, garantindo terapias mais objetivas e adequadas às condições clínicas dos pacientes.
Além disso, práticas conhecidas e desenvolvidas para outras finalidades são agora empregadas para tratamento ou controle de doenças com características distintas. Esse é o caso da laserterapia.
A terapia com laser é considerada uma técnica segura, eficaz e com resultados promissores. Suas aplicações são diversas e varia conforme a potência do feixe de luz, a área física a ser aplicada e o tipo de paciente.
Contudo, é preciso conhecer adequadamente os princípios da aplicação à laser, os cuidados da utilização e quais são os profissionais habilitados a realizarem essa atividade, pois o risco de complicação é grande.
Sendo assim, é importante que o paciente conheça bem o estabelecimento escolhido para a realização desses procedimentos, além de procurar por profissionais competentes para realizarem as técnicas e ter certeza que esses estejam confiantes do resultado para não ter frustrações posteriormente.
Um dos profissionais que estão autorizados a trabalhar com a laserterapia é o fisioterapeuta, que pode empregá-la na área dermatofuncional, com ênfase ao tratamento estético facial e corporal.
A laserterapia é considerada uma técnica específica que age local ou sistemicamente por meio de sessões rápidas e pode ser associada a outras ferramentas clínicas eficazes para intensificar o efeito terapêutico.
Porém, como toda terapia, é importante ter cautela e conhecimento na sua utilização. Os profissionais que empregam essa modalidade devem conhecer os fundamentos físicos, bem como os limites de toxicidade.
Por isso, neste conteúdo, abordaremos as principais informações sobre a laserterapia e as características dessa atividade. Fique por aqui e conheça!
A laserterapia
A terapia com laser (Light Amplification of Stimulated Emisions of Radiation, que traduzindo significa “amplificação da luz por estimulação da emissão de radiação”) tem um fundamento proveniente dos estudos da física nuclear.
A geração do laser consiste inicialmente no conhecimento das três partes do átomo: prótons, nêutrons e elétrons, sendo que esse último carrega uma carga negativa, enquanto os demais têm carga positiva.
Quando um fóton colide com um elétron, ocorre uma mudança interna no átomo, que ficará em estado excitado e, quando exposto a uma câmara, dará início a uma estimulação de emissões, gerando a luz laser.
A luz laser tem três propriedades: coerência, monocromaticidade e colimação. A primeira, é o princípio que todos os fótons emitidos a partir de moléculas individuais têm o mesmo comprimento de onda.
A monocromaticidade significa a especificidade da luz proveniente de um único comprimento de onda. E, por fim, a colimação é caracterizada por uma divergência mínima, em que os fótons se movimentam de forma paralela para concentrar o feixe de luz.
Sendo assim, o laser é uma radiação eletromagnética não ionizante, que tem poder de penetração superficial e profundo. No primeiro caso, a laserterapia provoca alterações na superfície da pele e, no segundo, causa reações metabólicas mais complexas.
Laserterapia na fisioterapia
O fisioterapeuta, profissional com diversas potencialidades clínicas, deve estar sempre à procura de novos desafios. Nesse sentido, entender a complexidade dos distúrbios motores e articulares ou como conciliar as atividades clínicas e gerenciais, são superações constantes na vida cotidiana.
Além disso, esse profissional deve se preocupar com a eficiência dos seus equipamentos e saber qual é o momento oportuno de renová-los para atender a uma demanda crescente por procedimentos clínicos melhores.
Também é imprescindível o investimento em estratégias de marketing digital para consultório de fisioterapia a fim de melhorar a imagem da clínica e atrair e fidelizar pacientes.
Nesse contexto, a oferta de serviços diferenciados, como a laserterapia, pode atrair clientes novos ou fidelizar os antigos de forma a garantir produtividade para as instituições e sustentabilidade financeira.
Devido a essa situação, a preocupação com o investimento em estratégias clínicas diferenciadas para diminuir o desconforto durante a sessão e aperfeiçoar a recuperação do paciente tem aumentado.
Como efeito dessa demanda, podemos citar tratamentos inovadores, como a gameterapia, a hidroterapia, a eletroterapia e a laserterapia. Utilizado em finalidades não médicas, o laser foi incorporado na prática clínica com grandes vantagens.
O investimento em equipamentos de laserterapia poderá ser gradativo e planejado para que não ocorram gastos desnecessários em um primeiro momento. Isso porque essas tecnologias apresentam valores financeiros elevados.
Também é aconselhável dedicar espaços exclusivos para essa atividade, uma vez que a técnica demanda precisão durante a aplicação e um profissional habilitado, fatores que são imprescindíveis para garantir a vida útil dos aparelhos.
Como existem diversas formas de aplicação da laserterapia, é fundamental verificar quais atividades podem ser executadas pelo fisioterapeuta e quais poderiam ser implantadas conforme o funcionamento da clínica.
A fisioterapia dermatofuncional é uma das áreas mais promissoras e com mais demandas da aplicação de laser. Por isso, um espaço exclusivo para essa atividade pode ser interessante, pois atenderá desde manchas na pele até o tratamento de rejuvenescimento facial.
Os fisioterapeutas também estão autorizados a aplicar o laser terapêutico no tratamento de condições artríticas de etiologias diferentes, de lesões de tecidos moles e no alívio da dor, por ter uma importante propriedade analgésica.
É fundamental enfatizar que, na grande maioria, a aplicação de laser terá um caráter adjuvante na terapia, sendo necessárias outras estratégias clínicas de intervenção e avaliação da eficácia da técnica.
Além disso, é aconselhável fazer uma análise prévia do paciente, discutir com outros profissionais que acompanham seu estado de saúde e iniciar os procedimentos com cautela.
Os benefícios da fisioterapia podem ser alcançados com o uso da laserterapia também para redução das limitações físicas e melhoria da qualidade de vida do paciente, com ou sem a utilização de acessórios de suporte.
Além disso, alguns casos têm contraindicações clínicas expressas, como a presença de massas tumorais e gestações que estejam no primeiro trimestre (situação que pode afetar o desenvolvimento embrionário do feto), que devem ser apresentadas ao paciente.
Tipos de laser na fisioterapia
Os tipos de laser utilizados na fisioterapia podem ser classificados conforme a percepção do feixe e a forma de emissão. Os lasers HeNe e ALGaInP são visíveis a olho nu, enquanto os AsGa e AsGaAL não operam na luz visível.
Além disso, somente o AsGa opera na forma pulsada, devido às características inerentes ao seu feixe. Confira, no quadro abaixo, as informações sobre o comprimento de onda considerado ideal para cada um deles.
Tipo de Laser | Comprimento de onda (intervalo) | Potência |
HeNe | 628 nm | 2 a 10 mW |
AlGaInP | 670 nm (630-685) | 15 a 30 mW |
AsGa | 904 nm | 15 a 30 mW |
AsGaAl | 830 (780-870) | 30 mW |
O laser de hélio e neônio (HeNe) tem a cor vermelha e consegue penetrar de 10 a 15 mm na pele. Por isso, é empregado para o tratamento de lesões superficiais, cicatrizes menos complexas, manchas na pele etc.
O de arseneto de gálio (AsGa) e o de gálio, alumínio e arseneto (GaAIA) operam na região do infravermelho e são opções terapêuticas para tratamento de lesões profundas.
Os lasers mencionados acima podem ser aplicados em regiões específicas ou por método de varredura. Para a administração pontual, é fundamental demarcar a região, definindo o diâmetro do ponto e a zona que será atingida.
No método de varredura manual, os especialistas precisam demarcar o diâmetro do ponto e o complemento da área que também receberá o laser, que será em qualquer direção, desde que aborde uma zona de segurança e seja de fácil aplicação no espaço afetado.
Além disso, o posicionamento do emissor influencia na efetividade da aplicação, sendo recomendável 90 º em relação à superfície. Também deve-se evitar direcionar o campo de visão para a terapia, para que não ocorra a reflexão.
Os benefícios da laserterapia
Os benefícios clínicos da laserterapia podem ser vistos em procedimentos que vão desde questões estéticas até situações mais graves. Nesse sentido, são relatados principalmente o tratamento de cicatrizes, ferimentos, hematomas, queimaduras, neuralgias e inflamações localizadas.
Os resultados gerais apontam para um efeito bioquímico que envolve a estimulação de ATP (trifosfato de adenosina), a liberação de neurotransmissores que causam sensação de relaxamento e bem-estar (serotonina e endorfina), a interferência na produção de prostaglandinas e a ação fibrinolítica característica.
Também são relatadas ações bioestimulantes, como implicações no aumento da mobilidade iônica, estimulação das mitocôndrias e elevação da atividade fagocítica. Esses desfechos intracelulares ocorrem em organelas específicas.
As consequências são a expansão do tecido de granulação, a regeneração das fibras nervosas e a formação de novos complexos sanguíneos. Além disso, é evidenciada uma maior produção de colágeno e uma aceleração no processo de cicatrização.
O recrutamento amplo de macrófagos e linfócitos facilita a atividade fagocitária e melhora a resposta imunológica frente a antígenos diversos.
Sendo assim, a laserterapia promove efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, cicatrizantes e antiedematosos. Este último, obtido pela redução da sensibilização das prostaglandinas e pelo aumento da permeabilidade vascular.
O funcionamento da laserterapia
O funcionamento da laserterapia dependerá do equipamento que será adquirido. Atualmente, a maioria dos aparelhos é portátil, o que facilita o deslocamento para atender os pacientes, inclusive nas residências.
Para tanto, é preciso que o fisioterapeuta adquira a tecnologia correta para os procedimentos que realizará, verifique as normas de funcionamento e os acessórios imprescindíveis para manter a proteção dos indivíduos.
Sendo assim, os fisioterapeutas devem optar por aparelhos de múltiplo uso, com finalidade principalmente para a área dermatofuncional. Nesse sentido, podemos citar os equipamentos que promovem a estimulação do colágeno, reduzem medidas corporais e combatem inflamações da pele (celulites).
Dessa forma, ao instalar adequadamente o equipamento, o fisioterapeuta deve estudar as orientações do fabricante, calibrá-lo com as medidas específicas para cada finalidade clínica e observar os resultados em um espaço de tempo.
A máquina de laser de alta potência deve ser comprada de fabricantes renomados para evitar quaisquer problemas no paciente durante a aplicação, uma vez que a estimulação é mais profunda.
Assim, sintomas dolorosos advindos de dano tecidual, doenças reumáticas, dores neuropáticas e problemas nas articulações (principalmente em idosos) podem ser aliviados com a aplicação de laser de alta densidade.
Mulheres que sofrem dores pélvicas, têm dismenorreia grave e inflamações vulvares também serão beneficiadas com o laser de alta potência, desde que previamente examinadas por especialistas.
As condições de uso para todas as enfermidades são normalizadas por protocolos clínicos elaborados pelos próprios fabricantes, com consultoria de especialistas em física e profissionais com profundo conhecimento dessa técnica.
Alguns tutoriais estão disponíveis nos sites desses fabricantes, o que facilita muito a compreensão das informações.
Laserterapia de alta potência
Os lasers de alta densidade, que também são chamados de cirúrgicos, diferem entre si conforme o coeficiente de absorção no tecido corpóreo, da potência dos seus feixes e do modo de ação no alvo fisiológico.
Nesse tipo de laser, é comum o aumento da temperatura, ao contrário do de baixa frequência, que é atérmico. As energias térmicas variam de 40 º a 100° C, e os profissionais definirão a temperatura ideal conforme a indicação clínica.
Em temperatura em torno de 40 °C é possível evidenciar a retração tecidual e uma hipertermia característica. Acima de 50 °C ocorrerá a diminuição das atividades metabólicas, uma vez que a temperatura ideal das enzimas é abaixo desse valor.
A partir dos 60 °C acontecerá à desnaturação das proteínas, que perderão sua característica terciária e quaternária e, com isso, deixam sua funcionalidade biológica, que pode ser enzimática ou estrutural. O resultado é a perda da integridade das membranas biológicas e o colapso celular.
Após 80 °C já se observa a desnaturação do colágeno, molécula importante para sustentação da pele, ossos, cartilagens e tendões, e sua perda causa falta de elasticidade e vigor nessas estruturas.
Além da fisioterapia, a laserterapia de alta potência tem diversas aplicações em outras áreas da saúde, como: oftalmologia, odontologia, ginecologia, urologia, cirurgias vasculares e neurológicas, ortopedia, entre outras.
Os lasers utilizados na oftalmologia tratam distúrbios da visão (miopia), glaucoma e retinopatia diabética. Para esta última, o procedimento consiste em uma fotocoagulação realizada em duas sessões ou mais.
Na odontologia, a laserterapia é utilizada para tratamento estético ou reparadores. São descritos trabalhos exitosos de clareamento dental, remoção de cáries, cirurgias ósseas e implantodontia.
Para clínicos que atuam na área da cardiologia e cirurgia vascular, os estudos já comprovaram a eficácia do uso de laser para remoção de placas ateromatosas, que diminuem fluxo sanguíneo. Com efeito, se observa a redução de problemas cardiovasculares em longo prazo.
Como são feixes de ondas eletromagnéticas que atuam mais profundamente, são usados na remoção de tatuagens e de manchas na pele. O hemangioma, por exemplo, dependendo da extensão corporal, poderá ser eliminado em poucas sessões.
As mulheres podem se beneficiar com aplicação à laser para tratamento de neoplasias nas regiões reprodutoras, endometriose ou transtornos infecciosos, como é o caso do HPV.
Laserterapia de baixa intensidade
O laser de baixa intensidade tem sido utilizado desde o final da década de 60, e tem um potencial de radiação no intervalo entre 2 mW a 30 mW. Sendo assim, os efeitos clínicos dessa terapia decorrem da interação direta com as células.
A laserterapia de baixa intensidade produz efeitos fotoquímicos em detrimento dos térmicos e, por isso, são indicados para a cicatrização de ferimentos e manutenção de dores provenientes de diversas causas.
Tipos de laser de baixa intensidade
Os tipos mais comuns de laser são: GaAs (arsenieto de gálio), GaAIAs (arsenieto de gálio e alumínio), AIGaInP (alumínio, gálio, índio e fósforo) e HeNe (hélio e neônio).
Os modos de emissão podem ser contínuos ou pulsados, e são representados, basicamente, pelas canetas laser 660 nm e 830 nm, que possibilitam operar em frequências de 2,5 Hz a 2 KHz.
As frequências de 2,5 Hz são aplicadas em lesões agudas; as de 20 Hz para cura de feridas; acima de 120 Hz para alívio dos processos dolorosos crônicos; e as de 2 KHz para lesões crônicas e feridas de difícil cicatrização.
Indicações clínicas do laser de baixa potência
Cicatrização de feridas
O processo de cicatrização é complexo e, conforme o tamanho da lesão, é preciso intervir com condutas específicas para evitar um desconforto ao paciente. A inflamação subjacente envolve a participação de linfócitos, fibroblasto e muitos mediadores inflamatórios.
A aplicação de laser de baixa potência pode excitar os linfócitos e promover sua ativação e proliferação, contribuindo sobremaneira para a facilitação da cicatrização. Além disso, também ajudam no deslocamento das células epiteliais e na diminuição da síntese de mediadores inflamatórios.
Alguns estudos já mostram que o laser pode aumentar a produção de ATP, aumentar a velocidade da mitose e estimular a microcirculação. Dessa forma, gera novos vasos sanguíneos que aperfeiçoa o processo de cicatrização.
Tratamento de úlceras de pressão
Sua aplicação é ampla, pois pode ser utilizada em grandes ou pequenas feridas em processo de cicatrização tanto em humanos quanto em animais. O que diferencia no tratamento é o tipo do meio ativador, o tempo de irradiação e o número de aplicações.
Outras indicações ainda em fase de estudos incluem a laserterapia para o tratamento das chamadas úlceras de pressão, conhecidas popularmente como escaras. Trata-se de feridas em algumas partes do corpo devido à imobilidade dos pacientes em regime de internação hospitalar.
Nesse caso, a laserterapia de baixa intensidade aplicada em intervalos programados tem melhorado o aspecto dessas formações bolhosas e diminuído a dor atribuída ao contato com elas.
Diminuição da dor crônica
Além dos tratamentos cutâneos, os lasers de baixa intensidade têm diminuído ou cessado a dor crônica, em especial as fibromialgias.
Pessoas que sofrem com dores musculares não conseguem realizar confortavelmente as atividades diárias e, por apresentarem uma situação dolorosa latente, muitos pacientes recorrem a tratamentos medicamentosos ou cirurgias na esperança da eliminação da dor. Porém, muitas vezes não alcançam o objetivo terapêutico.
A laserterapia de baixa potência vem com uma estratégia menos invasiva e com potencial analgésico característico. As principais pesquisas demonstram que esse tipo de laser bloqueia a condução do estímulo nervoso, diminuindo, assim, a percepção cerebral da dor.
Além disso, o procedimento promove a liberação periférica de opioides endógenos, que causam, além da analgesia, uma sensação de relaxamento e bem-estar durante as aplicações periódicas.
Mas, para obter a melhora dos sintomas, é importante que o paciente compareça às sessões de aplicação, siga as orientações do fisioterapeuta e mantenha uma rotina saudável.
Assim como toda intervenção terapêutica, é fundamental manter alguns cuidados para evitar complicações. Por isso, não é recomendável a irradiação direta sobre a retina para não danificar irreversivelmente essa estrutura, sendo obrigatório o uso de óculos de proteção tanto para os pacientes quanto para os aplicadores.
A irradiação em focos bacterianos agudos e em tumores também é contraindicada, devido à incapacidade de controle desses processos patológicos após a aplicação do laser de baixa potência.
Laserterapia no tratamento de parestesia
A parestesia é uma enfermidade relacionada a uma lesão no tecido neural, que causa formigamento ou desconforto ao paciente. Como se trata de um dano nos nervos, pode acometer diversas áreas do corpo.
O que acontece é uma hiperestimulação nervosa, gerada por potenciais de ação sucessivos e com um limiar mais baixo, propiciando um estímulo intermitente. Nesse contexto, a situação normal passa a ser a excitação excessiva.
A laserterapia tem sido empregada para diminuir a sensação incômoda, ajudando com que o paciente retome as suas atividades cotidianas. Nesse sentido, as sessões de laser serão determinadas conforme a recuperação e a área afetada.
O laser tem sido estudado com grande atenção na odontologia, mas os resultados podem ser expandidos para outras situações clínicas em que o formigamento é um dos sintomas relacionados, tais como a neuropatia diabética.
Acredita-se que o laser de baixa potência promova a regeneração nervosa periférica, facilitando, assim, a condução neural via medula espinhal. Isso porque o potencial de ação das células normais volta a sua voltagem fisiológica.
Vale ressaltar que a recuperação sensitiva ocorrerá em longo prazo, pois dependerá do fenômeno da neuroplasticidade, que é uma adaptação das células nervosas frente as novas situações.
Outros benefícios da aplicação da laserterapia na parestesia é a reparação tecidual e a otimização da microcirculação sanguínea, condição essencial para ajudar as células nervosas livres de outras lesões.
Como se trata de um tratamento focal, os pacientes não relatam dor ou outros efeitos adversos, possibilitando ainda maior adesão às aplicações de laser que são considerados procedimentos rápidos.
Além disso, cabe uma avaliação clínica criteriosa, pois em algumas situações de lesão neuronal importante, os efeitos do laser serão irrisórios e não justificará a aplicação para melhorar a condição do paciente.
A laserterapia é uma estratégia terapêutica que é capaz de tratar diversas condições clínicas. Caberá ao fisioterapeuta conhecer profundamente essa prática, adquirir a tecnologia necessária e orientar os pacientes sobre os benefícios e riscos de sua aplicação.
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