5 erros que você, fisioterapeuta, não pode cometer

A fisioterapia é a especialidade clínica responsável pela restauração, otimização, reabilitação e tratamento de distúrbios musculoesqueléticos visando à satisfação dos pacientes.

Porém, todo o processo de tomada de decisão envolve um diagnóstico correto, condutas terapêuticas eficientes, monitoramento clínico do tratamento e acolhimento humanizado ao indivíduo tratado.

Por isso, se você como fisioterapeuta, já conhece suas responsabilidades profissionais, é aconselhável não cometer alguns erros crucias no atendimento ao paciente.

Essa é a proposta deste post. Fique por aqui e entenda os 5 tipos de erros que o fisioterapeuta não pode cometer!

1. Anamnese incompleta

Quando o paciente chega ao consultório, ele relatará as queixas subjetivas e objetivas que serão determinantes para a instituição das condutas terapêuticas. No desejo de fazer o diagnóstico, muitos profissionais esquecem aspectos relevantes ao contexto.

Os sintomas e sinais clínicos devem ser valorizados da mesma forma que os aspectos subjetivos da queixa. Frequentemente, os pacientes reclamam de algo, porém, as manifestações clínicas terão maior impacto no diagnóstico.

Por isso, o fisioterapeuta deve anotar detalhadamente o grau de incômodo de uma estrutura muscular, a dificuldade de deambulação, o tempo decorrido antes de procurar a ajuda profissional e as estratégicas caseiras utilizadas para tratar o problema.

A identificação dos sinais clínicos referentes às disfunções musculares deve ser feita cuidadosamente para não exacerbar a dor presente na maioria dos casos. Também não se deve menosprezar o sofrimento do paciente frente ao problema apresentado.

Ao final da anamnese, é fundamental fazer uma revisão de tudo que foi relatado para certificar-se da autenticidade das informações passadas e melhorar os dados clínicos que serão registrados em prontuário.

Para melhorar essa situação e garantir um tratamento integral ao paciente é fundamental fazer um levantamento efetivo de todos os problemas de saúde. Uma das metodologias utilizadas nesse processo é a revisão da “cabeça aos pés”.

Nessa metodologia, o fisioterapeuta investiga todas as disfunções, questionando os principais sistemas fisiológicos, começando pelo aparelho neuromuscular e conferindo os demais tecidos que interferem nas condições apresentadas.

2. Intervenções imprecisas

Uma vez estabelecido o diagnóstico e, de preferência, confirmado com exames clínicos, neurológicos, musculares e estéticos, é importante propor as intervenções fisioterapêuticas necessárias.

Nesse sentido, as condutas deverão ser detalhadas conforme o número de sessões a serem realizadas, a duração do procedimento, as formas de monitorar a evolução clínica, o custo do processo, entre outros.

Quando a prescrição fisioterapêutica não é transmitida de forma objetiva, haverá necessidade de buscar informações adicionais. Caso contrário, o paciente ficará com dúvidas e recorrerá aos profissionais inúmeras vezes, atrasando todo o processo.

Uma das estratégias mais eficazes é a entrega das orientações ao paciente. Nesse documento serão detalhados os objetivos terapêuticos, o número e duração das sessões fisioterápicas e quais são os equipamentos ou testes físicos que serão realizados ao longo do tratamento.

O registro de todo o método garante confiabilidade no profissional, evita esquecimento das orientações repassadas e melhora a comunicação entre o fisioterapeuta e o paciente, evitando, assim, erros preveníveis.

3. Falta de humanização

Independentemente da área de atuação do fisioterapeuta, todos os pacientes gostariam de ser acolhidos da melhor forma possível. Esse processo é chamado de humanização, ou seja, colocar-se no lugar do outro.

A humanização preconiza o tratamento ao paciente de forma educada, entendendo o sofrimento dele e buscando todas as ferramentas para aliviar o problema clínico, mesmo que pareça bem menor na percepção do profissional.

O fisioterapeuta que não atende humanamente seus pacientes terá uma avaliação negativa por parte deles e não conseguirá outras atividades na área da saúde. Para a fisioterapia isso é fundamental, uma vez que o indivíduo pode apresentar distensões musculares que são dolorosas, como no caso da artrite.

Sendo assim, os profissionais precisam de capacitação nesse sentido, aprendendo técnicas de lidar com as angústias e desejos do paciente, aceitar as negativas de tratamento e se colocar no lugar do outro.

4. Procedimentos desnecessários

O fisioterapeuta, apesar de trabalhar pelo bem-estar do paciente, pode instituir terapias inefetivas ou desnecessárias. Isso pode acontecer tanto nos consultórios clínicos quanto nas unidades hospitalares.

Em algumas situações, esse profissional realiza a calibração incorreta dos equipamentos, o que pode causar danos ao paciente. Prova disso é a queimadura decorrente do ajuste inadequado do aparelho de ondas curtas.

Outro exemplo é a quantidade de sessões de fisioterapia, que não deve extenuar os músculos e precisa ser condizente aos processos de reabilitação, fortalecimento muscular ou terapias relacionadas ao rejuvenescimento.

Por isso, os profissionais precisam de atualização constante, uma vez que novas pesquisas podem contraindicar técnicas que são usadas há muito tempo e outras podem ser incorporadas pela melhor relação de custo-benefício. Exemplo disso são as novas recomendações de fisioterapia precoce para pacientes vítimas de AVC.

5. Falta de convencimento

A relação estabelecida entre o fisioterapeuta e o paciente deve ser de confiança. De um lado, os profissionais clínicos precisam convencer os indivíduos dos benefícios do tratamento. Do outro, os pacientes precisam aderir ao procedimento.

Nesse relacionamento é importante que os fisioterapeutas orientem corretamente seus assistidos e acompanhem a evolução clínica deles, de modo a readaptar as condutas caso seja necessário.

Além disso, os pacientes precisam aderir ao tratamento, comparecendo regularmente às consultas e fazendo exercícios em domicílio, conforme recomendações dos profissionais, para aumentar a efetividade do procedimento.

O poder de convencimento do profissional da fisioterapia advém da objetividade no discurso científico e no acolhimento ao paciente, temas importantes que já foram abordados aqui. Isso porque, nem sempre, o indivíduo está disposto a seguir as orientações, mesmo com problemas clínicos sérios, como uma hérnia de disco.

A integração desses dois domínios do conhecimento favorecerá significativamente o prognóstico do paciente.

O fisioterapeuta é um profissional clínico de grande importância na equipe multidisciplinar da saúde. Ele atua para melhorar o condicionamento físico, propiciar fortalecimento muscular e reabilitação dos pacientes. Todavia, como todo ser humano, é passível de cometer algum erro. As principais falhas devem ser identificadas e sanadas para não comprometer a estratégia terapêutica.

E você, identificou algum erro que vem cometendo com seu paciente? O artigo foi útil? Então, compartilhe nas suas redes sociais e ajude outras pessoas!