Você sabe o que são os eletrodos de fisioterapia? Para que eles servem? Em quais tipos de terapias são usados? Qual material é melhor? Essas e outras perguntas vão ser respondidas agora para que você não tenha mais nenhuma dúvida a respeito desse assunto tão importante para os profissionais da área da saúde muscular e ortopédica.
Preste bastante atenção ao texto e não deixe nenhuma informação de lado, pois todas elas são essenciais para você tomar a melhor decisão como fisioterapeuta. Boa leitura!
Afinal, o que são os eletrodos?
Os eletrodos são equipamentos condutores de energia que estimulam os tecidos do paciente. Eles podem ser feitos de diversos materiais, como o silicone e o autoadesivo. Tudo vai depender do seu objetivo ao utilizar esse artigo.
Cada matéria-prima tem suas qualidades e defeitos. Normalmente, os fisioterapeutas escolhem os da sua preferência, mas o ideal é entrar em consenso com o paciente para que ele se sinta confortável na hora do tratamento.
Para que servem os eletrodos de fisioterapia?
A eletroterapia é a atividade que opera com esses equipamentos. Ela funciona como um verdadeiro analgésico em dores intensas, provocadas ou não por problemas ortopédicos e musculares.
A corrente elétrica penetra a pele do paciente pelos eletrodos, o sistema nervoso responde a essa intervenção e ativa seus próprios controles internos para fazer a dor desaparecer. A aplicação dessa terapia não tem um tempo certo, vai depender do tipo de tratamento feito.
Quais tipos de terapias usam eletrodos?
São várias as formas de tratar uma dor por meio de eletrodos de fisioterapia. Cada uma delas age de determinada maneira e soluciona um tipo específico de problema. Abaixo, você vai entender como funcionam os principais tratamentos.
TENS
A estimulação elétrica transcutânea é a mais conhecida entre todas as terapias que usam esse instrumento elétrico. Ela é aplicada na superfície da pele e, por isso, não é invasiva e nem oferece riscos ao paciente. Normalmente a aplicação dura entre 20 e 40 minutos.
Corrente russa
A corrente russa é utilizada para melhorar a contração dos músculos. Ela é bem mais intensa que a TENS e serve para aumentar a força muscular, manter a qualidade dos tecidos e estimular o fluxo sanguíneo dos músculos atingidos.
Interferencial
É bem parecida com a TENS, a diferença está apenas no objetivo dessa aplicação de corrente elétrica. Ela serve, principalmente, para atingir tecidos mais profundos, devido à intensidade do aparelho, o que diminui fortes dores e, até mesmo, edemas e inchaços.
Microcorrentes
Diferente do que ocorre nos outros tipos de tratamento, as microcorrentes servem para melhorar a flacidez muscular e da pele. Ou seja, elas não são usadas para reparar dores, mas sim em possibilidades estéticas.
A microcorrente estimula, a partir dos eletrodos, o metabolismo de determinadas células. Esse avanço pode ser de até 500% e trazer resultados imediatos. É como se fosse uma drenagem linfática bem mais eficiente e ágil.
Normalmente, o tratamento é empregado em pessoas com problemas de pele, como acnes, estrias e linhas de expressão. Também é bastante indicado para pós-operatório de cirurgias plásticas.
Quais eletrodos são mais usados?
Existem dois tipos principais de eletrodos de fisioterapia: os de silicone e os autoadesivos. Cada um deles tem as suas próprias características, mas ambos podem ser manipulados em praticamente todos os estilos de tratamento.
Silicone
Com excelente custo-benefício, o eletrodo de silicone é o mais comum de ser operado em clínicas de fisioterapia. É flexível e facilita, por conta do encaixe na pele, a transmissão da corrente elétrica para os tecidos doloridos. Usa-se um gel na parte do corpo em que ele é posicionado e depois são inseridas fitas adesivas que grudam o eletrodo à pele.
O silicone pode ser aplicado em todas as terapias, sem nenhum problema. A principal vantagem é que pode ser reaproveitado, sendo chamado, inclusive, de eletrodo permanente.
Autoadesivo
Diferentemente do de silicone, nesse tipo de equipamento não se põe gel, muito menos fita adesiva, já que ele próprio é um adesivo. Ou seja, é só colar na pele e ligar a máquina que a corrente elétrica passa direto para os tecidos musculares do paciente.
A vantagem dele é a fixação, que é bem melhor que as dos eletrodos de silicone. Além disso, o equipamento também pode ser reusado por diversas vezes e lavado. A tecnologia cresceu tanto que os autoadesivos tendem a ser os únicos equipamentos que vão ser empregados nos consultórios de fisioterapia nos próximos anos.
Uma dica importante para você profissional da saúde que trabalha com a eletroterapia é que os autoadesivos precisam ser utilizados em locais sem pelos. Isso porque ao colar à pele, eles podem causar dores a depender da região aplicada. Eles são adequados para praticamente todo tipo de tratamento.
Qual é o melhor eletrodo?
Todos os dois tipos — silicone e autoadesivo — cumprem o papel perfeitamente, cada um com suas características, benefícios e desvantagens. O que diferencia um do outro são três questões específicas: reutilização, fixação e conforto do paciente.
Ambos podem ser usados e reutilizados até estragar, serem limpos e aplicados em diferentes pacientes por muitas vezes. É uma tecnologia que começou muito bem com os de silicone e que hoje funciona em todos os autoadesivos de qualidade.
A fixação do autoadesivo é bem melhor que a do de silicone, melhorando os resultados do tratamento.
Em relação ao conforto, o eletrodo autoadesivo sai na frente pela fácil aplicação e remoção na pele do paciente alem de dispensar gel condutor e fitas adesivas.
Se for comparar nesses três quesitos, o autoadesivo é bem mais vantajoso que o de silicone, mas tudo vai depender da forma como você prefere trabalhar.
O melhor a se fazer é sentar com o seu paciente, mostrar as duas possibilidades e decidir junto a ele qual usar. Assim, todos ficam satisfeitos e o tratamento via eletrodos de fisioterapia ocorre com eficiência e qualidade. Se quiser conhecer um pouco mais sobre os instrumentos de silicone, clique neste link e veja algumas opções que você pode implementar em seu consultório.