Você já ouviu falar no termo CPM para reabilitação de joelho e quadril? CPM é a abreviação de Continuous Passive Motion (ou Movimentação Contínua Passiva, em tradução livre para o português).
Trata-se de um aparelho que visa fazer com que a articulação recupere sua capacidade normal de movimento de maneira mais rápida — ele pode ser usado após uma cirurgia no joelho, por exemplo. A aplicação consiste em regular o equipamento para fazer a movimentação por determinado tempo.
O tratamento também é indicado para pacientes que tenham passado por traumas, como fraturas, acidentes e até mesmo queimaduras. Quando aplicada corretamente, ela favorece a cicatrização em níveis gerais, sendo benéfica para a recuperação do paciente em todos os sentidos.
Esse movimento é chamado passivo, visto que a pessoa não dispende nenhum esforço para executá-lo. A velocidade e o grau de flexão e extensão são regulados por meio de um controle, que pode ser dado ao próprio paciente — mas esses ajustes devem ser feitos sempre sob orientação de um profissional.
A fim de esclarecer melhor sobre o assunto, listamos abaixo 5 benefícios que o CPM traz para a reabilitação de pacientes. Confira!
1. Age na nutrição e no metabolismo da articulação
Durante as atividades normais do dia a dia, uma pessoa movimenta 24 articulações, que são nutridas pelo líquido sinovial. Ficar sem mobilidade pode fazer com que essas estruturas sofram danos progressivos e irreversíveis. Daí a importância da fisioterapia baseada em movimento.
Mesmo que o aparelho faça os movimentos por si só, sem que o paciente precise se esforçar, só o fato de as articulações não estarem paradas já estimula esse mecanismo, que ocorre naturalmente em pessoas que não sofreram lesões ou cirurgias.
Outro fator importante é a regeneração da cartilagem, que ocorre devido ao estímulo de células específicas.
2. Agiliza a recuperação
A amplitude do movimento tende a evoluir a curto prazo, já que a intensidade e a velocidade são fatores que podem ser manualmente ajustados. Dessa forma, esses quesitos podem ser aumentados à medida que o paciente vai se sentindo mais confortável.
Essa progressão faz com que os estímulos também aumentem e, assim, as estruturas não ficam “acomodadas”, visto que precisam se acostumar a movimentos cada vez mais intensos. É por isso que o paciente avança no tratamento.
Por essa razão, a recuperação tende a ser mais rápida do que em pessoas que se submetem à fisioterapia por outras metodologias. Em casos de cirurgia, o procedimento com o CPM pode ser iniciado no próprio hospital, devendo ser continuado em uma clínica especializada assim que o paciente for liberado para voltar para casa.
3. Ajuda a diminuir a medicação para dor
Um paciente que está em constante progresso no tratamento e que tem as articulações estimuladas a produzir sua própria lubrificação tende a sentir menos dor do que aqueles que não estão passando por esses estímulos.
Dessa forma, a necessidade de administrar analgésicos ou outros medicamentos para dor diminui. Com isso, o paciente ganha mais saúde e qualidade de vida, visto que ingere uma quantidade menor de medicamentos.
O profissional, então, pode priorizar antibióticos e anti-inflamatórios que possam ser necessários para o tratamento. O estômago “agradece” essa menor incidência de remédios.
4. Diminui o risco de inchaço ou trombose
Lesões e cirurgias normalmente apresentam inchaço no local. Entretanto, esse inchaço e a falta de movimentação na parte afetada favorecem o aparecimento de coágulos ou trombos nas veias: isso ocorre principalmente nos membros inferiores.
Sendo assim, quando o evento ocorre nos quadris ou nos joelhos, os riscos podem se tornar ainda maiores — e o CPM é uma forma eficaz de atenuá-los. Outro fator de risco é desencadeado pela imobilização durante a cirurgia. Isso faz com que o sangue do paciente se torne mais grosso. Se ele continuar imóvel por muito tempo após a cirurgia, os riscos são ainda maiores.
Uma importante recomendação médica para evitar que ocorram complicações é o movimento: pacientes recém-operados não devem ficar totalmente imóveis. Mas como nem todos podem se levantar da cama e caminhar sozinhos, o CPM torna-se um importante aliado nessa prevenção.
Com a utilização do aparelho, os quadris ou os joelhos são estimulados e se mantêm em movimentos (mesmo que passivos). O exercício diminui o inchaço, pois estimula a circulação sanguínea, impedindo também que se formem os coágulos. Resumindo: pacientes que se submetem ao tratamento fisioterapêutico por meio desse equipamento tendem a apresentar menor incidência de inchaço e de complicações, como a trombose.
5. Alonga os músculos
Quando o paciente sofre um trauma ou uma cirurgia, não são só as articulações que sofrem as consequências. Os músculos do local também tendem a ficar parados e a perder um pouco da sua força e elasticidade. É aí que entra o CPM.
Por meio da repetição dos movimentos passivos, os músculos também são alongados e estimulados. É como se o paciente estivesse caminhando e fazendo suas atividades normalmente, a diferença está somente no esforço empregado para fazer essas ações.
Na movimentação passiva, os músculos entendem somente o movimento, o esforço não faz muita diferença. Os estímulos enviados pelo CPM fazem com que o alongamento ocorra e a posição que o paciente fica durante o tratamento também favorece o repouso. Trata-se de uma combinação perfeita para reabilitação total, sem prejuízos às cartilagens, músculos e tecidos.
Implantar esse tipo de equipamento em uma clínica de fisioterapia significa um grande avanço, tanto para o estabelecimento quanto para a sociedade de modo geral. Trata-se de uma maneira eficaz e rápida de reabilitar pacientes que tenham sofrido traumas ou cirurgias, de modo que eles ganhem qualidade de vida e uma recuperação mais tranquila.
E aí, já conhecia o CPM e todos os benefícios que ele pode trazer para os pacientes que estão em fase de reabilitação? Entendeu a importância da implantação do equipamento a fim de melhorar a qualidade dos serviços oferecidos e para tornar a sua clínica uma referência no mercado? Quer mais informações úteis para o seu consultório de fisioterapia? Então, siga as nossas redes sociais: estamos no Facebook e no YouTube.