Fraturar ossos é um evento traumático para muitas pessoas. Além da dor imediata, pode ser que o indivíduo passe meses sem conseguir se mover adequadamente, pois seu corpo ainda estará em recuperação. Além disso, o processo de cura também está propenso a várias falhas, as quais podem apresentar complicações. Por todos estes motivos, é essencial que seja feita a fisioterapia após fraturas, em especial para casos graves.
A definição técnica de “fratura” pode variar de acordo com sua referência. Mas, para facilitar a comunicação, vamos apenas entendê-la como danos causados diretamente à estrutura óssea por algum impacto ou torção. Apenas esta ideia já implica a gravidade da situação e a importância de um bom tratamento.
Se você está em busca de melhores práticas para lidar com fraturas em seus pacientes, continue lendo e veja como pode se aprimorar!
A importância da fisioterapia após fraturas
O procedimento adequado é sempre um diferencial para a cura de qualquer dano ao corpo — isso vale tanto para doenças quanto para as fraturas. Nestes casos, a fisioterapia beneficia o paciente das seguintes formas:
Tratamento adequado de acordo com o tipo de fratura
Como muitas coisas dentro da fisioterapia, as fraturas também são classificadas de acordo com o local onde ela ocorreu, como ela se deu e o quão extensa ela foi. As mais leves causam pequenas perdas de parte do osso, enquanto as mais graves podem causar a quebra completa de sua estrutura.
Cada uma delas exige um tipo diferente de tratamento fisioterapêutico, sendo que algumas exigem intervenção cirúrgica prévia. A presença de um fisioterapeuta capacitado faz uma grande diferença na qualidade do tratamento e no processo de cura.
Recuperação mais rápida e precisa
Em geral, fraturas exigem bastante repouso por parte do paciente. Se o braço está danificado, então ele deve ficar apoiado e parado por algumas semanas, até que o osso se recupere. Porém, isso não significa que mantê-lo parado todo o tempo seja a melhor alternativa.
Com a orientação do fisioterapeuta, é possível direcionar os exercícios de forma que seu efeito positivo seja o maior possível. Em alguns casos, isso pode reduzir o tempo de recuperação em mais de uma semana.
Riscos da falta desse procedimento
Atitude errada diante da fratura
Como profissional, você já deve ter visto vários pacientes que tentam tratar alguns problemas por conta própria e causam mais complicações. Infelizmente, há quem faça isso com as próprias fraturas ósseas.
Não buscar ajuda profissional quase sempre aumenta os danos, mesmo que de forma imperceptível. Tais problemas podem se acumular e, em algum tempo, exigir um tratamento ainda mais caro e demorado para o paciente.
Má conformação dos ossos durante a recuperação
Mesmo que o caso não seja grave, seja feito um tratamento aceitável e o paciente fique em repouso, a presença do fisioterapeuta ainda é muito importante. Durante seu processo de recomposição, os ossos podem criar depósitos de cálcio de forma irregular, o que leva a problemas em sua estrutura.
Esse é o caso, por exemplo, das hérnias de discos, que são nada mais do que acúmulos de cálcio causados por problemas de postura na coluna. Se não houver acompanhamento profissional no tratamento de fraturas, pode ser que algo similar aconteça em outros ossos, criando pontas ou conformações menos funcionais.
Algumas boas práticas para fisioterapia após fraturas
Ultrassom
Além de servir para fazer exames de pré-natal, o ultrassom também é uma boa ferramenta para agilizar a recuperação da estrutura óssea. Como o nome indica, esse tratamento usa ondas sonoras de alta frequência para afetar a estrutura dos ossos, o que permite a você manipular seu processo de regeneração natural.
Esse tratamento é mais efetivo durante as duas primeiras semanas de reparo após a lesão, pois é o período em que ocorre a inflamação do tecido ósseo. Porém, quando ele é realizado a partir da terceira semana de recuperação, o ultrassom passa a estimular a produção de cartilagem, o que apenas atrasa os demais estágios.
Exercícios e movimentos terapêuticos
Você já deve saber como a movimentação correta do corpo durante a recuperação contribui drasticamente para sua recomposição. Além de treinar as conexões neurais e musculares, isso também ajuda a direcionar a regeneração dos tecidos e evitar qualquer tipo de complicação. Ao aplicar a fisioterapia após fraturas, esse pode ser um método simples e bem eficaz.
O tipo de exercício realizado varia de acordo com as necessidades do paciente. Lesões nas juntas são tratadas de forma diferente em comparação com a parte extensa dos ossos, por exemplo. Planeje cada sessão cuidadosamente e sempre confira o quadro atual do paciente.
TENS
Esta é uma sigla em inglês para “Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea” (Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation). Diz respeito a um tratamento que usa eletrodos sobre a pele, estimulando células nervosas para produzir um efeito analgésico naquela área.
A redução da dor é uma ferramenta muito mais importante do que aparenta em diversas formas de tratamento. Estímulos negativos podem provocar tensão muscular, o que gera mais dores e cria um ciclo vicioso. Essa tensão pode afetar a maneira como os tecidos se recuperam, já que o espaço disponível fica mais restrito. A aplicação do TENS pode ajudar no relaxamento, evitando dores crônicas e permitindo que o corpo se recupere mais facilmente.
Turbilhão
Outra forma de melhorar o relaxamento, exercitar os tecidos musculares e, até, evitar outras complicações e infecções, é o uso do turbilhão. De forma bem simples, trata-se de um tanque de água morna em movimento, que estimula a troca de calor entre os tecidos do corpo e, por conseguinte, possui diversos efeitos terapêuticos.
O turbilhão pode ser aplicado para evitar a tensão muscular e facilitar a execução de exercícios, pois o membro estará na água. O tanque é projetado para um membro específico. O modelo usado nos membros superiores não é o mesmo usado nos membros inferiores, por exemplo.
Agora que você conhece algumas boas práticas para fisioterapia após fratura, pode tratar ainda melhor os pacientes que estão passando por este problema. Acha que outras pessoas podem aproveitar este conteúdo? Então compartilhe-o em suas redes sociais e mostre como é possível facilitar o tratamento de fraturas.