A fisioterapia combina o uso de diferentes técnicas, procedimentos, equipamentos e materiais para diagnosticar, prevenir e tratar distúrbios cinéticos funcionais que afetam órgãos e sistemas do corpo humano. Independentemente da técnica utilizada, o objetivo é o de preservar, manter, desenvolver e reabilitar esses sistemas.
O uso das bolas na rotina de fisioterapia tem crescido entre os profissionais da área, como uma forma prática e econômica de realizar os exercícios fisioterapêuticos. Existem diferentes tipos de bolas, que têm indicações específicas, dependendo da área do corpo trabalhada e do problema do paciente.
Para que você entenda melhor sobre o assunto, vamos apresentar, neste texto, alguns tipos de bolas para fisioterapia e como elas atuam para uma recuperação mais rápida e eficiente dos pacientes. Acompanhe!
1. Bola suíça
A bola suíça é uma bola grande e maleável, muito utilizada no Pilates e que pode ser empregada para diversas funções clínicas e exercícios físicos. Foi criada na década de 1960, quando teve suas primeiras aplicações fisioterapêuticas em recém-nascidos e lactentes. Posteriormente, passou a ser usada em adultos para o tratamento de condições ortopédicas.
Ela é composta por uma borracha sem látex e pode suportar até 300 kg. Os exercícios desenvolvidos nela ajudam na obtenção de um corpo mais forte e flexível, e visam:
- aumentar a amplitude de movimento do paciente;
- fortalecer o tronco, os membros superiores e os inferiores;
- alongar globalmente do corpo;
- melhorar a mobilização articular;
- manter o tônus muscular;
- melhorar a oxigenação e o treino cardiovascular;
- auxiliar pessoas com problemas lombares e cervicais;
- ativar a circulação sanguínea;
- aliviar tensões musculares;
- manter a posição correta da coluna.
A bola suíça permite a realização de uma gama de exercícios e pode ser utilizada por gestantes.
2. Bola tipo feijão
A bola tipo feijão, também conhecida como peanut ball, tem o mesmo material da bola suíça, porém com um formato semelhante a um feijão. Pode ser usada para exercícios fisioterapêuticos em crianças, idosos e adultos. Ela foi criada para aumentar a variação de movimentos para além daqueles realizados na bola suíça.
A bola tipo feijão proporciona mais estabilidade e segurança para quem realiza os movimentos, possibilitando que pessoas com problemas vestibulares ou de coordenação realizem os exercícios — o que nem sempre é possível com a bolsa suíça. Ela é uma opção versátil e segura.
Outras vantagens são:
- melhoria da flexibilidade;
- aprimoramento da expansão torácica;
- otimização da coordenação motora;
- melhoria da propriocepção postural e atividade sensorial;
- possibilidade de realizar um treinamento funcional completo com apenas um equipamento.
3. Kettlebell
A kettlebell é uma bola de peso com alça, que se parece com uma chaleira (kettle, em inglês). Normalmente, seu uso é feito a partir de técnicas que utilizam musculação e fisioterapia combinadas. Ela é inspirada nos antigos atletas gregos, que usavam pedras de tamanhos e formatos variados para a realização de exercícios.
Ela tem diferentes pesos, por isso pode ser utilizada por qualquer pessoa, desde que com uma carga compatível para sua capacidade. Os exercícios realizados ajudam na reabilitação de grupos musculares e na correção da postura.
O uso do kettlebell traz:
- aumento da capacidade de treinamento de força, ao controlar o peso na decida da bola;
- estabilidade articular;
- melhora da postura, quando o exercício é feito de forma correta;
- aumento do gasto calórico;
- melhora da velocidade e tempo de reação.
Seu uso é bastante difundido nas academias, mas é preciso sempre ter a supervisão de um fisioterapeuta ou educador físico para garantir que o exercício está sendo feito da maneira certa, de forma a evitar o surgimento de lesões musculares.
4. Bola medicinal
A bola medicinal se parece com uma bola comum de esporte, porém tem um peso adicional que permite que o treinamento de força seja adicionado aos exercícios de rotina da fisioterapia. O primeiro registro do uso dessa ferramenta foi no treinamento militar na antiga Pérsia, sendo depois utilizada em programas de reabilitação.
No contexto da fisioterapia, ela é utilizada para o treinamento de mobilidade articular, estabilidade e força muscular.
A bola pode ser construída com o peso variando de 1 kg a 22 kg. Normalmente, os profissionais preferem utilizar as opções com pesos menores, por serem mais seguras e possibilitarem exercícios com maior número de repetições. Pode ter tamanhos variados e costuma ser feita de borracha dura ou couro.
Quando segurada com as mãos, a bola ajuda no trabalho dos músculos dos braços, ombros, costas, peito, tronco e abdômen. Quando segurada pelas coxas ou pelos pés, ela ajuda a trabalhar os músculos abdominais (centro de força), da lombar e todos dos membros inferiores.
5. Little balls
As little balls são pequenas bolas, de até 10 cm, com material macio. São usadas para exercícios fisioterapêuticos de relaxamento cervical e lombar e alongamento das pernas, panturrilhas e do trapézio. Sua utilização ajuda, ainda, no alívio do estresse e na manutenção de uma vida saudável.
Nos tamanhos menores, é utilizada em exercícios manuais, que melhoram a circulação sanguínea local, fortalecem os pequenos músculos, aliviam as dores musculares locais e aprimoram o controle motor de movimentos finos do paciente.
Pode ser utilizada na prevenção de Lesões por Esforço Repetitivo (LER), causadas por digitação excessiva, má postura, dirigir ou qualquer outra atividade que envolva uso repetitivo do mesmo grupo muscular. Por isso, em muitas empresas, o exercício manual com as little balls faz parte da ginástica laboral dos funcionários.
As bolinhas variam de acordo com o grau de resistência, de suave a forte, dependendo do grau do problema muscular do paciente.
As bolas para fisioterapia são recursos eficientes e fáceis de serem utilizados, por isso seu uso tem crescido entre os fisioterapeutas. Além disso, são artigos de baixo custo, que podem ser manuseadas em qualquer espaço, sem a necessidade de grandes investimentos. Os pacientes costumam gostar, pois são elementos lúdicos, que trazem resultados rápidos e duradouros.
E aí, o que você achou do texto? Gostou? Deu para entender os benefícios do uso desses artigos na reabilitação de pacientes, não é mesmo? Se você se interessou, acesse nosso site AQUI e conheça os diversos tipos de bolas para fisioterapia disponíveis.